A região
genital feminina é uma parte do corpo onde a pele é tão delicada como a do
rosto. E se esta região não receber os cuidados adequados, poderá desenvolver
infecções difíceis de tratar.
Apesar de
tanta fragilidade, muitas mulheres jamais receberam esta informação
fundamental: como realizar a higiene íntima. "As infecções na região
genital e todos os problemas na vulva - irritação, coceira - são muito
frequentes e difíceis de tratar", explicou à BBC Mundo, serviço em
espanhol da BBC, a ginecologista Natalia Pérez.
Estas infecções são alterações do conjunto de
microorganismos denominado flora ou microbiota vaginal. O crucial, na hora da
higiene íntima, é preservar este equilíbrio delicado destes microorganismos.
"A pele
da vulva é muito delicada, é quase parecida com a do rosto e nós a agredimos
constantemente, porque usamos absorventes diários, roupa justa ou calcinhas
inadequadas", alertou a médica, que também é professora especializada no
trato genital na Faculdade de Medicina da Universidade da República em
Montevidéu, no Uruguai.
Flora 'ácida'
A vagina tem
um pH ácido, uma defesa natural para combater infecções. Existe todo um sistema
de defesas que a prepara "para os traumatismos da relação sexual",
explicou Pérez.
A microbiota
vaginal é a "que nos defende de todos os microorganismos que são
patogênicos e que nos causam doenças". O problema surge quando há mudanças
como a vaginose bacteriana, que é a alteração da microbiota, diz a professora.
"Alguns
germes, em vez de estarem presentes em quantidade normal, aumentam de
quantidade justamente porque há um aumento ou diminuição do ph", explica. A
vaginose bacteriana não gera inflamação, apenas uma secreção clara ou
acinzentada. "As características é que as pessoas que têm (esta secreção)
falam de um cheiro penetrante, um cheiro de peixe. O que acontece é que já
existe uma alteração na flora", conta a ginecologista.
Click no link e veja os conselhos de Pérez para manter uma boa higiene íntima feminina.
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