terça-feira, 24 de março de 2020

Covid-19: quarentena e escolas fechadas são combinação eficaz

Um estudo de Singapura mostrou que adotar múltiplas interdições sociais - incluindo o fechamento de escolas - terá o maior impacto na contenção do covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.
Colocar pessoas infectadas e seus familiares em quarentena, fechar escolas e impor distanciamento em ambientes de trabalho e no teletrabalho podem limitar a disseminação, revelou o estudo, mas uma combinação de todos os três é o mais eficaz para diminuir os casos.

O número global de casos confirmados ultrapassou 377 mil em 194 países e territórios nesta terça-feira (24), de acordo com uma contagem da Reuters, e mais de 16.500 mortes já foram relatadas.
Singapura, que de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou 455 casos confirmados de covid-19 e duas mortes até 22 de março, impôs algumas recomendações de distanciamento social, mas não fechou as escolas.
Milhões de crianças estão sem aulas nos Estados Unidos, em grande parte da Europa e em muitos outros países, cujos governos impuseram medidas rígidas de interdição para impedir que as pessoas se encontrem e se reúnam em grupos.
O estudo, feito por pesquisadores da Universidade Nacional de Singapura (NUS) e publicado no periódico Lancet Infectious Diseases, analisou um quadro simulado de Singapura para estudar o impacto potencial de políticas de distanciamento social.
O estudo revelou que, embora menos eficientes que a abordagem tripla, quarentenas e medidas nos ambientes de trabalho são a segunda melhor opção para reduzir os casos de covid-19, seguidas de quarentenas e fechamento de escolas e somente de quarentenas.
"Os resultados desse estudo dão indícios para os formuladores de políticas de Singapura e outros países começarem a implantação de medidas de controle do surto, que poderiam mitigar ou reduzir os índices de transmissão local se aplicadas efetivamente e de maneira oportuna", disse Alex R. Cook, professor associado da NUS e coautor do trabalho. (Agência Brasil)

Nenhum comentário: