O Ministério da Defesa
anunciou que os laboratórios químicos das Forças Armadas aumentaram a
produção de álcool em gel e de cloroquina. A produção em caráter
emergencial acontece de forma conjunta no Laboratório Farmacêutico da
Marinha (LFM), no Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx) e
no Laboratório Químico Farmacêutico da Força Aérea (LAQFA), todos
localizados no Rio de Janeiro.
“Temos 10 mil bisnagas de álcool gel em
embalagens de 85ml em estoque. A ideia é produzir 180 mil bisnagas”,
declarou a coronel médica do Exército Carla Clausi, subdiretora de Saúde
Operacional do Exército.
A Aeronáutica também vai ampliar a produção
a partir de hoje (30). O Laboratório Químico da Força Aérea produzirá
mais de 1.200 litros de álcool em gel. Após essa data, a expectativa, de
acordo com o Ministério da Defesa, é aumentar a produção para 8 mil
litros desse produto para limpeza das mãos.
“Nós também adquirimos Equipamentos de
Proteção Individual (EPI), como macacão, touca e luva, para distribuir
aos hospitais da FAB. Vamos enviar esses produtos, de forma emergencial,
para uso dos médicos e enfermeiros que estão enfrentando o
Coronavírus”, afirmou a tenente-coronel farmacêutica Andreia Brum,
diretora interina do LAQFA.
O laboratório da Marinha também faz parte da
força-tarefa. “O setor de pesquisa e desenvolvimento iniciou árduo
trabalho para formular e adequar a estrutura fabril, a fim de permitir a
produção de sanitizantes como o álcool em gel 70%. Na segunda-feira
passada (20), foi prontificado o primeiro lote em escala industrial do
referido produto”, informou o capitão de Mar e Guerra André Hammen,
diretor do LFM.
Cloroquina
Além da produção de álcool em gel, os três
laboratórios estão unindo forças para ampliar a produção de cloroquina,
medicamento recentemente autorizado pelo Ministério da Saúde para ser
utilizado no tratamento de pacientes acometidos por coronavírus em
estado grave. O laboratório do Exército é detentor do registro desse
medicamento e iniciou a produção na segunda-feira passada (23).
Assim que a produção for concluída, cabe aos
laboratórios da Força Aérea e da Marinha as etapas de embalagem e
rotulagem. “As ações conjuntas permitirão acelerar a produção, de forma
que sejam concluídos dois lotes por semana, o que representa cerca de
500 mil comprimidos”, explicou o Capitão de Mar e Guerra André Hammen.
Laboratórios químico-farmacêuticos
Os laboratórios químico-farmacêuticos das
Forças Armadas atuam em parceria com o Ministério da Saúde, reduzindo o
custo de produção e a compra de medicamentos importantes de alto custo e
complexidade. Ao todo, são 21 laboratórios oficiais no país, que,
juntos, produzem cerca de 30% dos medicamentos utilizados no Sistema
Único de Saúde (SUS). (Agência Brasil)
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