domingo, 29 de novembro de 2020

Histórias da Princesa

 

A Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana foi fundada em 17 de junho de 1945, durante a primeira fase da “Era Vargas”, especificamente no período de declínio do denominado Estado Novo. E desde então busca o fortalecimento do comércio e consequentemente da economia do município. A seguir, um pouco de sua história e ações nestes 75 anos.

Associação Comercial há mais de 75 anos em defesa do Comércio 

As primeiras associações comerciais organizadas no Brasil datam do período em que o Brasil era colônia de Portugal. Os primeiros pontos de reuniões de comerciantes surgiram na Bahia e no Rio de Janeiro. As associações tinham como objetivo fortalecer, dignificar e proteger todos que viviam em torno do comércio, entretanto agiam também em defesa da liberdade e da cidadania.


        A Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana foi fundada em 17 de junho de 1945, durante a primeira fase da “Era Vargas”, especificamente no período de declínio do denominado Estado Novo. Os comerciantes feirenses estavam atentos às mudanças em curso e preocupados em caminhar “pari passu” com a era das transformações, decidiram se organizar enquanto classes produtoras visando contribuir para o progresso da cidade e o desenvolvimento do comércio através da defesa dos seus interesses mediante a criação de uma entidade de classe.

Feira de Santana, segundo maior entroncamento rodoviário do Brasil, perdendo apenas para São Paulo, e maior comércio do interior do Brasil, excluindo-se apenas cidades interioranas de grande porte da região sudeste (a mais rica do país), sofre há muitos anos com problemas crônicos, alguns derivados do crescimento rápido e outros de ordem político-social, e é papel das entidades de classe lutar por todas estas questões em todas as instâncias governamentais.

Rua Sales Barbosa totalmente intrasitável

        O centro da cidade encontra-se em desordem, fruto da permissividade de vários governos municipais. Ambulantes se instalaram permanentemente no principal calçadão da cidade, a Rua Sales Barbosa, numa invasão do espaço público, impedindo a circulação das pessoas, prejudicando os verdadeiros comerciantes estabelecidos pelos ditames legais. Esta situação se espalhou por outras ruas e até avenidas adjacentes, como a Marechal Deodoro e a Av. Sr. dos Passos, por exemplo, onde barracas ocupando passeios, faixas de pedestres e até mesmo invadindo a própria rua. Isto tudo “às barbas” da administração municipal, que não tem controle da situação.

Obras de requalificação da Sales Barbosa sendo executada

Pacto da Feira

Para reorganizar o centro comercial da maior cidade do interior da Bahia, a Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana (ACEFS), juntamente com várias entidades de classe, destacando-se a Câmara de Diretores Lojistas (CDL), o Sindicato do Comércio de Feira de Santana (SIN-COMFS) e o Centro das Indústrias de Feira de Santana (CIFS), participou do projeto “Pacto da Feira”, desenvolvido pela Prefeitura Municipal através da Secretaria de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, cobrando solução e discutindo os problemas envolvidos para reurbanizar o centro comercial da cidade. Para isso, a Prefeitura desenvolveu o projeto Shopping Popular, uma Parceria Público/Privada, para construir e gerir um centro comercial popular, transferindo todo o comércio ambulante das ruas da cidade para um local adequado, organizado e decente para o consumidor.

Shopping Popular Cidade das Compras agora em funcionamento

        A expectativa era de que em 2015 o shopping já estivesse construído e as obras de revitalização do centro adiantadas. Porém não foi o que aconteceu. As entidades proponentes do Pacto da Feira fizeram ver ao prefeito José Ronaldo de Carvalho e ao secretário Antônio Carlos Borges Júnior que tal obra era imperativa à Feira de Santana. O projeto não era apenas uma esperança futura, e sim a solução definitiva para um problema que se expandia continuamente.

A importância econômica de Feira de Santana, que influencia diretamente cerca de 3 milhões de habitantes na sua macrorregião, reconhecida como uma das 10 melhores cidades do Brasil em termos de infraestrutura para investir em negócios e 44ª para investimentos em imóveis, não poderia ficar à mercê de manobras jurídicas promovidas por uma política de oposição ao governo local, e que não ajuda e ainda atrapalha o desenvolvimento necessário. Finalmente o Shopping Popular ficou pronto e foi iniciada a transferência dos ambulantes para lá, e a Prefeitura Municipal pode dar início ao Projeto Centro, de recuperação, reorganização e modernização do centro comercial de Feira de Santana.

Política que atrapalha

Obra do Centro de Convenções iniciada em 2005 e abandonada pelo Governo do Estado

        Quando em 2006 Jaques Wagner assumiu o governo da Bahia, diversas obras fundamentais para o desenvolvimento de Feira de Santana, foram deixadas de lado. Algumas já iniciadas ou projetadas. Por exemplo, o Centro de Convenções já estava em obras, e hoje são só ruínas, embora o representante do governo do Estado na cidade, o Deputado Zé Neto, declarasse, sempre que questionado, que a estrutura metálica já estava pronta e que chegaria á cidade nos próximos dias, e nunca chegou.

Também havia um projeto que faria dar um enorme salto em progresso e desenvolvimento, que era o Polo de Logística. A área já havia sido escolhida e seriam construídos galpões para armazenamento de mercadorias, oficinas e estacionamento para veículos, postos de combustíveis, um aeroporto de cargas e uma linha ferroviária, partindo de Conceição da Feira, chegaria até o distrito de Humildes, onde seria construído o polo, Além disso, seria construída uma rodovia até o porto de Aratu, para escoar as cargas que chegassem no polo em caminhões ou aviões de carga.

Tudo isso e muito mais foi sistematicamente negado a Feira de Santana, pelo simples fato de que os prefeitos eram de partido oposto ao do governador. A cidade carece de uma Estação Rodoviária, da total duplicação do seu anel rodoviário, um aeroporto, hospitais para queimados, e hospital geriátrico. A Associação Comercial de Feira de Santana, bem como as demais entidades representativas das classes produtoras reivindicam tais obras, mas não são atendidas. E as ações dos governos municipais são sistematicamente atrapalhadas, através da Justiça, com o objetivo de evitar a eleição ou reeleição de opositores do governador, numa atitude mesquinha e nada cidadã.

A ACEFS tem sua sede situada à Rua Domingos Barbosa de Araújo, 48, Centro. Tel. (75) 3223-3133

www.acefs.com.br12

Com informações da revista “ACEFS 70 Anos, Wikipedia, e arquivos do blog Sempre Livre

 

 

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