Ele cursou o primário na Escola Normal Rural. Era ex-combatente e serviu à Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Ingressou na Força em janeiro de 1942 e participou ativamente de operações de guerra na Itália, sendo condecorado por serviços prestados à pátria e pensionado como segundo tenente das Forças Armadas.
Também era jornalista, como eu, (DRT 54) e escreveu para os jornais "O Mundo" e "O Careta" e atuou como redator da revista "Vigilante". Colaborava com jornais e revistas locais. Entre 2010 e 2017 manteve o Blog "A Feira Antiga" (http://feiraantiga.blogspot.com/). Também foi juiz de Paz da Vila de América Dourada. Recebeu a Comenda Maria Quitéria e Comenda Godofredo Filho da Câmara Municipal; a honraria no grau de Oficial da Ordem Municipal do Mérito de Feira de Santana; o Diploma de Amigo do 35 Batalhão de Infantaria, o Título de Cidadão Barramendense.
Escritor, memorialista e poeta, ele participou de quatorze antologias e publicou dez livros, inclusos dois de poemas. "Promessas e Milagres", "Reflexões Sobre o Amor", "Síntese dos Fatos Que Envolveram o Brasil na Segunda Guerra Mundial", "Cantando Pelo Caminho", "Ressaca da Mocidade", "A Feira na Década de 30", "A Feira no Século XX", "Um Marinheiro do Brasil na Segunda Guerra Mundial", "São José das Itapororocas", e o mais recente, em 2017, "Memórias de um Feirense". Membro da Academia Feirense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana (foi vice-presidente), do Instituto Internacional de Poesia, da União Brasileira de Escritores, ex-presidente da Associação dos Ex-Combatentes - Secção de Feira de Santana.
Apesar de não termos nos encontrado mais amiúde, desde que se iniciaram meus problemas visuais, eu sempre estava lembrando dele e de como eu me orgulhava dele. Um feirense que amava sua terra, um corajoso combatente de guerra, e que não foi embrutecido ou enlouquecido por ela, como vi vários, um homem capaz de ser alegre apesar dos sofrimentos, um homem gentil e amável, mas que faria o que fosse preciso para defender as pessoas e coisas que amava, como a sua terra, o seu País. Um homem do tipo que restam bem poucos no Brasil.
Cristóvam Aguiar
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