Se as mulheres evoluíram e passaram a tentar Adão com ofertas mais apetitosas do que a maçã também a neurociência avançou furiosamente na explicação do amor, terreno que era restrito aos filósofos e poetas. Cientistas descobriram que a paixão é uma espécie de coquetel de hormônios, como a testosterona, dopamina, fenilalanina (molécula do amor), estrógeno e feromônios, um verdadeiro “capeta” afrodisíaco. Além dessa, pesquisadores da Universidade de Pisa, na Itália, fizeram outra descoberta de botar as barbas masculinas de molho.
Eles mostraram que homens quando se apaixonam diminuem a quantidade de testosterona, enquanto as mulheres aumentam. Ou seja, para permanecer com a mulher de seus sonhos o homem fica menos masculino. Eles se tornam menos aventureiros, capazes dos maiores ridículos- até escrever cartas de amor- enquanto elas se tornam mais viris, e menos seletivas. Ele desejará permanecer só naquela caverna original e ela será consumida pelo desejo primitivo. É a mãe natureza agindo com suas sutilezas para garantir a permanência da espécie. Certo que em nome da ciência você não vai sair por aí vestindo plumas e paetês, mas como sou darwinista de carteirinha, e acredito na sua “teoria da evolução das espécies”, boto fé na notícia.
Os cientistas revelaram que a tempestade hormonal leva a uma redução do senso crítico do casal, confirmando a sabedoria popular que já dizia que o amor era cego. A má noticia é que, com o tempo, as taxas hormonais voltam ao normal e a mulher começa a reparar no seu ronco, na barriga de aluguel, e fica pensando como foi que essa pressão evolutiva fez ela se casar com você.
Dá medo pensar no que a ciência ainda vai fazer com o romantismo, mas não recue. Se você estiver no teatro de operações com aquela linda mulher, nua, prestes a reeditar a origem das espécies e de repente começar a falar fino, não se assuste: é apenas paixão. Das grandes!
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