Quem não conhece o mais famoso detetive do planeta? Pelo menos já deve ter ouvido falar dele, lido algum livro ou assistido um filme sobre esse personagem que, sem existir materialmente, existiu, tal a sua presença ficcional na vida de tantas e tantas gerações. Surgido em Londres, em 1886, graças a magistral imaginação de Sir Arthur Conan Doyle, portanto há mais de 130 anos, ele parece continuar vivo na hoje turbulenta capital inglesa, tão diferente daquele tempo, com o seu inconfundível nariz de papagaio, o indispensável cachimbo e sua botina de cor escura.
Desde que “nasceu” da fértil imaginação do autor ele já resolveu centenas de casos, tendo ao seu lado o inseparável amigo dr. Watson. Milhões e milhões de exemplares já foram vendidos e continuam sendo vendidos em mais de 50 idiomas. O imperturbável detetive é herói de mais de 130 filmes, cerca de 600 scripts de radio, além de incontáveis espetáculos e peças de teatro em todos os cantos do planeta. Traduzido para o árabe, isso há muito tempo, é utilizado como livro de estudo pela polícia egípcia. Na França o criador do detetive, Sir Conan Doyle, é nome de um dos principais laboratórios criminais.
O criador dele, Sir Arthur Conan Doyle, nasceu em Edimburgo, Escócia, em uma família modesta. Começou a fazer a escola médica aos 17 anos, ao tempo em que trabalhava para manter os estudos. Tinha uma incrível capacidade para identificar males de doentes e das regiões de onde eles procediam. Isso divertia seus colegas e chamou atenção do dr. Joseph Bell, destacado cirurgião do qual foi assistente. Era extremamente observador e analista.
Doyle sonhava ser cirurgião, como o dr. Bell, mas por falta de recursos aceitou ser médico de um navio baleeiro. Quando voltou da viagem, abriu uma clínica no subúrbio de Portsmouth e como a clientela era pequena, começou a escrever para ocupar o tempo. Produziu o primeiro trabalho tendo como base diagnósticos da época do dr. Bel. Na primeira estória o fictício dr. Watson, ferido à bala no Afeganistão, chega a Londres e apresentado por amigos, vai morar com Sherlock no prédio 221-B de Baker Street, endereço que ficou famoso. Dai surgiram os personagens que no primeiro conto ‘”Um Estudo em Escarlate” não obteve repercussão em Londres, mas fez algum sucesso nos Estados Unidos e no Brasil.
Já segunda estória A Marca dos Quatro, colocou Doyle em posição de prestigio a ponto de assinar contrato com a revista Stran para escrever 12 estórias de Holmes. Mas Doyle, apesar de ganhar muito bem, cansou-se de escrever sobre Holmes e “matou-o” em 1893 numa luta com o professor Moriarty, deixando o fanático público furioso. Em 1093, depois de muita insistência ele concordou em “reviver” Sherlock para alegria de leitores de todas as partes. As cartas para Sherlock eram constantes e muitas delas solicitando a resolução de casos policiais verdadeiros e isso Sir Conan Doyle fez várias vezes. Em 1906 pesaroso com a morte da esposa - eram casados desde 1885 -, Doyle deixou de escrever.
Mas sua secretária preocupada com o seu abatimento apresentou-lhe recorte de jornais sobre o caso do advogado George Edjali, acusado e preso por um crime que não havia cometido. Utilizando-se dos ”métodos” de Sherlock, Sir Conan Doyle provou a inocência do advogado. Em consequência, foi criada a Corte de Apelação Criminal para examinar casos de erros judiciais. Doyle faleceu aos 71 anos em 1930, mas a figura alta, nariguda, com o inseparável cachimbo de Sherlock Holmes, por ele foi imortalizada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário