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O bairro foi uma antiga fazenda que pertenceu a dona Pomba, como era conhecida dona Ernestina Carneiro |
O patrimônio imaterial abrange elementos não físicos, com o objetivo de preservar a memória e a identidade, promover o desenvolvimento local e garantir a continuidade das tradições. Cada uma das muitas ruas da localidade mais negra da cidade tem histórias para contar.
O reconhecimento tem como objetivo a preservação e promoção da memória coletiva do bairro, suas manifestações culturais, artísticas, religiosas, gastronômicas. Abre espaço para as políticas públicas de proteção, incentivo, fomento e valorização.
A Rua Nova é um dos bairros mais tradicionais e históricos da cidade, tido como um dos berços da música local, principalmente os sons oriundos das senzalas, onde a cultura negra pulsa com maior intensidade. Foi um quilombo urbano, dono de inquestionável diversidade.
Nas ruas ainda sem pavimentação nasceram algumas escolas de samba que contribuíram para o engrandecimento da Micareta, como a Escravos do Oriente, que tinha à frente Mamãe Socorro, a Unidos de Padre Ovídio e o Império Feirense. A musicalidade pulsa na Rua Nova.
O som de tambores e atabaques também se destaca naquela área da cidade, onde surgiram importantes grupos afro e cantores e compositores importantes da música negra local, dona de versos fortes, como Jorge de Angélica e Dionorina.
O bairro foi uma antiga fazenda que pertenceu a dona Pomba, como era conhecida dona Ernestina Carneiro. Há cerca de 80 anos, ela permitiu que as famílias que não tinham onde morar construíssem suas casas em suas terras. Doava os lotes.
A sua primeira rua homenageou o poeta paraense Augusto dos Anjos.
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