Foi perto do Natal de 1973, em um quarto isolado da casa mais antiga de Paris, durante um almoço com Gilberto Gil.
Não foi um acontecimento trivial – nem para ele nem para a música brasileira. Ao contrário, era quase um encontro marcado, já que Ben Jor (então apenas Jorge Ben - o cantor mudaria de nome no final dos anos 1980) esticara, de propósito, uma viagem iniciada em Cannes, na costa da França, onde integrara a comitiva do Brasil no festival Midem daquele ano.
Ele queria levar Gil – que estava compondo as canções do disco Refazenda, de 1975 – para conhecer o lugar onde, segundo o boca a boca, um pequeno grupo de alquimistas se encontrava secretamente. Era nos fundos do Auberge Nicolas Flamel – um restaurante de uma única porta em uma construção de meados de 1400 escondida em uma viela não tão longe da catedral de Notre Dame.