sexta-feira, 21 de maio de 2010

Futebol



Eu não acredito na lisura de torneios esportivos em geral, principalmente, aqueles que envolvem muito dinheiro, como o futebol e a fórmula um. Para mim são competições de cartas marcadas onde vence quem dá mais, quem atende melhor aos interesses dos organizadores. Mais depressa eu creio nos torneios amadores, onde o dinheiro não corre (muito) solto e quem participa o faz por amor ao esporte.

Só pra refrescar a memória dos crédulos, eu cito alguns exemplos de fraudes no futebol internacional: primeiro, um jogo entre Alemanha e Áustria em que, para que a Áustria se classificasse, não podia perder de mais de um a zero da Alemanha. E foi justamente o que se viu. E depois do gol da Alemanha, o que se viu foi um jogo enfadonho, com a bola sendo tocada para os lados, sem nenhuma objetividade nem vontade dos jogadores em alterar o resultado da partida.

O segundo exemplo é aquele escândalo de 1978, na Argentina. O governo militar do país passava por uma crise sem precedentes e estava para cair. E a vitória numa Copa do Mundo seria um paliativo perfeito para sustentar os militares no poder por mais algum tempo. Assim sendo, após empatar em 0 X 0 entre si, tanto Brasil quanto Argentina precisavam golear nos seus próximos jogos, pois se classificaria quem tivesse melhor saldo de gols.

O que se seguiu foi uma vergonha. O Brasil entrou em campo antes da Argentina, e venceu a Polônia por 3 X 0. Em seguida, a Argentina entrou em campo contra o Peru, já sabendo que precisaria vencer por 4 X 0 para se classificar. E não deu outra. Uma humilhante e fácil goleada por 6 X 0 sobre o Peru, que, inclusive, tinha no gol da sua equipe, um argentinho naturalizado peruano.

E para quem ainda tem dúvidas, fica o exemplo de 2006, quando entregamos descaradamente para a França, um jogo que poderíamos ganhar com uma certa facilidade. Nos bastidores da Imprensa internacional, se diz que houve uma negociação para que o Brasil entregasse o jogo para a França, que também não atravessava um bom momento político, e uma vitória na Copa do Mundo levantaria a moral dos franceses, que andavam tristinhos, coitados.

Curiosamente, o Brasil foi eleito, naquela oportunidade, como país sede da Copa do Mundo de 2014. São muitos os exemplos e evidencias de fraudes no Futebol. Por tudo que já vivi e vi no mundo esportivo, eu me arrisco a dizer que o Brasil não será campeão este ano. Não por falta de talento, mas porque Inglaterra, Argentina e Espanha, estão precisando vencer uma Copa do Mundo. Vai levar quem der mais. O Brasil terá que se conformar em vencer a Copa de 2014, até mesmo para superar de vez o trauma de 1950.

Isso se o mundo não acabar em 2012.

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