Casos
recentes de estupro coletivo reacenderam o debate sobre violência sexual no
Brasil.
Enquanto o
país tenta entender por que registra 50 mil estupros por ano, discute-se o
impacto negativo do machismo e de pequenos gestos cotidianos que alimentam essa
cultura.
A jornalista
Brenda Fucuta é uma observadora atenta das questões femininas contemporâneas.
Dirigiu algumas das principais revistas femininas do país e edita o site Mulheres
Incríveis, que traz conversas com executivas de grandes empresas e
jovens ativistas do feminismo brasileiro.
De olho na
nova agenda do empoderamento feminino, Brenda mostra como certos conceitos e
expressões legitimam uma suposta superioridade natural dos homens. Nesse
sentido, defende a necessidade de todos (e todas) reaprenderem a olhar e se
relacionar com as mulheres.
Baseada em
suas conversas com mulheres inspiradoras e na própria experiência no mundo
corporativo, a jornalista selecionou e classificou frases, do assédio de rua ao
machismo inconsciente, que mulheres não aceitam e não deveriam mais ouvir.
Cantadas de rua
Assobios, buzinadas, olhares, comentários:
diariamente, mulheres se veem obrigadas a enfrentar o assédio sexual em espaços
públicos. Interações de teor obsceno, sem consentimento, que se impõem como
naturais, mas estão longe disso. Exemplos:
"Por que uma menina bonita como você está sem
namorado?"
"Eu levaria você para casa."
Para Brenda,
a abordagem pode às vezes nem ser agressiva, mas nem por isso é menos
desrespeitosa.
"Há
homens que não entendem que as meninas querem andar sem ser perturbadas, como
os homens também querem. É um desrespeito a uma situação: estou andando,
pensando, falando ao celular, não quero ser incomodada."
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