Acho que o governo Temer não tem mais
sustentabilidade pelas acusações de corrupção, inclusive da Odebrecht, e não
pelo famoso trecho do áudio. A dimensão da gravação não é o bastante para
afastar, legalmente, o presidente, embora seja meramente reprovável e imoral
que o presidente receba um tipo como Joesley, na calada noite, para ouvir
relatos de crimes. Não falo de "achar que", "sentimento', e sim
do crime do ponto de vista jurídico. Em nenhum
tribunal deste universo ou no paralelo, aquilo seria motivo suficiente.
Acho, também, que sua chapa deve ser
cassada, junto com Dilma, pois, foram eleitos com dinheiro de propina e um não
pode ser cassado sem o outro, já que há um claro efeito de carreamento de
votos, por mais que muitos que votaram em Dilma tapem, agora, o nariz.
Em verdade, estão em jogo dois
movimentos: um, cassando pelo TSE o que daria em eleição direta ( e muita
conversa já foi feita em encontros secretos aqui e no exterior) e, outro, com
renúncia ou impeachment, que obrigaria a cumprir a constituição com eleição
indireta, pelo Congresso. A situação já foi disparada pelas facções que lutam
pelo poder, com esta ação desenhada, havendo um nítido movimento para Temer ir
fazer companhia a Marcela e a babá de Michelzinho.
Havendo indireta, quero que o Brasil
sobreviva. Deste modo, embora me agrade a Carmem Lúcia ( um tanto desaparecida
nos recentes episódios de Gilmar e Marco Aurélio, quando devia ter matado no
peito, afinal, é a chefe), temo que lhe falte a habilidade e base politica.
Então, nesta transição optaria por Meireles para o mandato tampão - embora não
tenha muitas simpatias por ele, mas meramente por tom pessoal- porque está
recuperando a economia, gerando emprego e PIB positivo, está envolvido com as
reformas, tem cacife com investidores e habilidade de lidar - sim,
infelizmente, é necessário sim- com os bandidos do Congresso.
Tenho
dito, e é isso aí.
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