sexta-feira, 9 de julho de 2010

E agora, José?


Passada a comoção pela eliminação prematura da Seleção Brasileira de Futebol da Copa do Mundo (coisa que previ há muito tempo), os brasileiros preparam-se agora para enfrentar a maratona eleitoral, objetivando eleger deputados, senadores e presidente da República. A campanha oficial começou na terça-feira passada (06) e logo começará o horário eleitoral gratuito, quando candidatos de todos os matizes entupirão os nossos ouvidos com novas promessas milaborantes e velhas mentiras descabidas.
Entra ano e sai ano e é tudo sempre a mesma coisa. Há sempre um espertinho inventando alguma coisa para distrair a atenção da população, entupindo-a de informações falsas, criando fantasias em grande volume e alta velocidade, de forma que logo todos se esquecem do passado recente. A desclassificação da Seleção já nem está doendo tanto, e quando a Copa acabar, e os campeões encerrarem suas comemorações, a mídia ainda vai manter o assunto no ar por alguns dias, até que alguma tragédia ou escândalo novo aconteça, para que a população tenha algo novo com o que se ocupar. Se nada acontecer, a campanha eleitoral mesmo serve.
Ainda acordando do pesadelo do Hexa que não veio, consolados com as promessas para 2014, os brasileiros ainda nem sabem direito quem são os candidatos e nem em quem vão votar. O pessoal do ‘Bolsa Esmola’ vai votar na candidata do Coroné Lula. A torcida que vota para não perder o voto, vai votar em quem estiver na frente das pesquisas. Os ecologistas (nem todos) vão votar em Marina Silva. E uma meia dúzia de gente esclarecida e bem informada já decidiu há muito tempo o que fazer do seu voto.
A gente vai continuar se indignando com o andar da carruagem, mas ninguém quer descer dela e tentar consertar o que está errado. Devagarzinho a ‘democradura’ do PT vai comendo os nossos direitos pelas beiradas, mordendo e assoprando, como bons sanguessugas que são, e nós, placidamente iremos aceitando, recolhidos em nosso medo e covardia.
Pois é, José. A festa acabou. Mas não fique triste, uma outra vai começar. Mas nós permaneceremos sem direito ao que pagamos, e caro, para ter saúde, educação, moradia, segurança, e tudo aquilo que tanto precisamos, que sempre nos prometem mas nunca nos dão.
É triste saber que mais uma vez tudo vai se repetir e nada vai mudar. Aliás, mudam alguns personagens, mas a história é a mesma.

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