quarta-feira, 11 de abril de 2018

No final, eu estava certo

   
  Não é segredo pra ninguém que eu fui opositor da Ditadura Militar (embora reconheça alguns méritos) do início ao fim. Quando ela acabou, fiquei livre para escolher em quem votar. Aqui em Feira votei em Colbert, Zé Falcão e mais uma porrada de políticos de esquerda. Lutei por Tancredo, mas quando Sarney assumiu voltei a ser oposição. Fui taxado de vira-folha, puxa saco e outros “mimos”, mas como eu havia percebido que a maioria dos políticos só tem compromisso com eles mesmos, me sentia mais livre do que nunca para votar em quem bem quisesse.
            Quando Zé Ronaldo apareceu no cenário político feirense, e se elegeu vereador, eu já era jornalista e cobria as atividades da Câmara Municipal. Confesso que foi antipatia à primeira vista. Ele fazia discursos inflamados e gritava muito, um estilo que sinaliza os farsantes. Não dei bola pra ele e achava que ele não iria adiante na carreira. Mas ele se elegeu deputado estadual e depois federal. Isso me chamou a atenção e, feliz de mim que tenho ideias para mudar e não tenho medo de mudar de opinião quando reconheço que estou errado. Pensei comigo mesmo: Não é possível que toda essa gente esteja errada e só eu esteja certo. Passei a observa-lo mais de perto e, com o que constatei, não tive dúvida em votar nele para prefeito na primeira vez em que se candidatou e venceu as eleições no primeiro turno.

            Agora, após quatro mandatos, sempre eleito em primeiro turno, ele deixa a Prefeitura para candidatar-se ao governo do Estado. Eu nasci em Feira, estou com 64 anos e nunca vi Feira experimentar tanto progresso quanto experimentou com Ronaldo no governo. Exceção apenas ao governo de Zé Falcão, no período em que João Durval foi governador do Estado. Ressalvo que Colbert e Falcão foram grandes prefeitos, mas sem apoio dos governos federal e estadual, coisa que Ronaldo teve por um bom tempo.
            Como feirense só me resta agradecer a Ronaldo por tudo que fez, e ainda fará, por nossa terra e desejar sucesso na nova jornada, com as bençãos de Deus.
Quanto a Colbert Filho, que como vice assume o lugar de Ronaldo, já tive oportunidade de dizer que gostava do pai, com quem trabalhei, e gosto do filho. Votei nele algumas vezes, mas nunca tive oportunidade de trabalhar com ele. Mas, merece minha confiança e o meu respeito. Feira está em boas mãos.
Como eu disse, no final vejo que eu estava certo nas minhas escolhas.

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