Não é segredo pra ninguém que eu fui
opositor da Ditadura Militar (embora reconheça alguns méritos) do início ao
fim. Quando ela acabou, fiquei livre para escolher em quem votar. Aqui em Feira
votei em Colbert, Zé Falcão e mais uma porrada de políticos de esquerda. Lutei por
Tancredo, mas quando Sarney assumiu voltei a ser oposição. Fui taxado de vira-folha,
puxa saco e outros “mimos”, mas como eu havia percebido que a maioria dos
políticos só tem compromisso com eles mesmos, me sentia mais livre do que nunca
para votar em quem bem quisesse.
Quando Zé Ronaldo apareceu no
cenário político feirense, e se elegeu vereador, eu já era jornalista e cobria
as atividades da Câmara Municipal. Confesso que foi antipatia à primeira vista.
Ele fazia discursos inflamados e gritava muito, um estilo que sinaliza os
farsantes. Não dei bola pra ele e achava que ele não iria adiante na carreira.
Mas ele se elegeu deputado estadual e depois federal. Isso me chamou a atenção
e, feliz de mim que tenho ideias para mudar e não tenho medo de mudar de
opinião quando reconheço que estou errado. Pensei comigo mesmo: Não é possível
que toda essa gente esteja errada e só eu esteja certo. Passei a observa-lo
mais de perto e, com o que constatei, não tive dúvida em votar nele para
prefeito na primeira vez em que se candidatou e venceu as eleições no primeiro
turno.
Agora, após quatro mandatos, sempre
eleito em primeiro turno, ele deixa a Prefeitura para candidatar-se ao governo
do Estado. Eu nasci em Feira, estou com 64 anos e nunca vi Feira experimentar
tanto progresso quanto experimentou com Ronaldo no governo. Exceção apenas ao
governo de Zé Falcão, no período em que João Durval foi governador do Estado. Ressalvo
que Colbert e Falcão foram grandes prefeitos, mas sem apoio dos governos
federal e estadual, coisa que Ronaldo teve por um bom tempo.
Como feirense só me resta agradecer
a Ronaldo por tudo que fez, e ainda fará, por nossa terra e desejar sucesso na
nova jornada, com as bençãos de Deus.
Quanto a Colbert Filho, que como vice
assume o lugar de Ronaldo, já tive oportunidade de dizer que gostava do pai,
com quem trabalhei, e gosto do filho. Votei nele algumas vezes, mas nunca tive
oportunidade de trabalhar com ele. Mas, merece minha confiança e o meu respeito.
Feira está em boas mãos.
Como eu disse, no final vejo que eu estava
certo nas minhas escolhas.
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