sexta-feira, 12 de março de 2010

Artigo da Semana


Um advogado na Saúde. Por que não?

O Dr. José Antônio Barbosa, médico bem sucedido nos seus empreendimentos na área de Saúde, me disse certa vez que, graças a Deus, teve a humildade de se reconhecer incompetente para gerir os seus negócios. Por isso, contratou profissionais para ocupar as áreas mais importantes das suas empresas. Médicos em geral, acreditam que entendem de tudo, sabem de tudo e podem tudo. Em geral quebram a cara. Podem ser excelente médicos, mas, geralmente são péssimos gestores, com raríssimas exceções e, neste caso, nem sempre são bons médicos.
O advogado Rafael Cordeiro tem 27 anos de idade é formado em Direito pela Faculdade de Direito. Foi aluno de intercâmbio da Faculdade de Direito de Coimbra/Portugal, é especializado em Direito Administrativo pela PUC/SP, onde atuou como professor assistente; é Membro Participante da Comissão de Direito Criminal da OAB, sub-secção de São Paulo, na sub-área de "Crimes Contra a Administração Pública"; atuou em estágio obrigatório na Defensoria Pública do Estado da Bahia e foi consultor em diversas prefeituras do Estado de São Paulo na área de Direito Administrativo, e já foi subprocurador fiscal do município de Feira de Santana. Com um currículo desses, há que se dar um crédito de confiança ao jovem advogado.
Mas o problema, não só da Saúde, mas de todos os setores do governo, está do segundo escalão para baixo. E é aí que a porca torce o rabo. Com o passar dos anos diversos funcionários foram contratados, por indicação de políticos de diversos matizes. Algumas peças foram trocadas de lugar, mas permanecem imutáveis. E assim sendo, não se sabe quem é quem. Quem cumpre com suas obrigações, quem não gosta de trabalhar, quem é inimigo do governo.
Então, monta-se um sistema de eficientização da máquina administrativa, dota-se ela de tecnologias e equipamentos de ponta, deixa-se a máquina pronta para funcionar de forma eficiente e produtiva. Mas, quem opera a máquina? Lá do gabinete o gestor não sabe o que está se passando nas oficinas. E funcionário quando quer sabotar o patrão faz coisas do arco da velha. Principalmente funcionário público.
Cabe ao bom administrador identificar os preguiçosos, os sabotadores e demiti-los. Eu mesmo já tive sérios problemas para resolver pequenas questões junto a setores do governo municipal, nesta e em outras administrações. Por diversas vezes tive que ir direto ao secretário ou ao prefeito, porque alguém, lá no segundo escalão, tinha má vontade em resolver coisas simples.
Alguns colegas chamam isso de tráfico de influência. Se for, vamos traficar quantas vezes sejam necessárias para defender interesses dos nossos amigos e os próprios. Até que as coisas funcionem com deve ser.

Um comentário:

Lia Sergia Marcondes disse...

Acho que todas empresas e todos os órgãos públicos devem ter um setor muito interessante chamado OUVIDORIA. Assim, qualquer cidadão ao ser mal atendido por um funcionário, vai ter um canal onde prestar a sua queixa, e esta queixa deverá ser devidamente apurada.

Ajudaria a máquina administrativa a conhecer melhor seus problemas e falhas, e manteria os funcionários alertas, pois saberiam que seriam denunciados se trabalhassem errado.

Por outro lado, acho que a administração pública, assim fazem algumas empresas privadas, deve criar mecanismos para recompensar os bons funcionários. Funcionário motivado e bem remunerado é funcionário feliz, que vai prestar um bom serviço.

Quanto ao novo secretário... para a área de Direito ele tem um currículo de fazer inveja a muito advogado velho na profissão. Mas entender de leis de administração é uma coisa e entender de administrar é outra.

Contudo, torço para que ele se saia bem, porque Feira precisa e merece.

Bjo!