sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Crime? Tabu? Doença?

    
Parece que no Brasil se constitui crime ou tabu se falar das glórias passadas. Pesquisando no Google sobre quem teria gravado, originalmente, a marcha “Pra Frente Brasil”, que embalou a conquista do tricampeonato mundial de futebol, em 1970, o que encontrei que mais se assemelha a uma resposta, mas não é, foi isso: “Composta por Raul de Souza e Miguel Gustavo. A música foi a vencedora de um concurso organizado pelos patrocinadores dos jogos e, até hoje, é lembrada quando se fala da vitoriosa campanha brasileira. Na época o País vivia sob o AI-5.  Instituído dois anos antes pelo presidente e general Artur da Costa e Silva. Em 1979, já então no posto de presidente, Emilio Garrastazu Medici, percebeu que a vitória da Seleção – e, também os versos ufanistas da canção – poderiam ser usados para conquistar os corações e mentes dos brasileiros, que já viviam em um país sob censura, e que torturava e matava presos políticos”. Além de não responder à pergunta, faz proselitismo político contra uma ditadura que que foi extinta há 40 anos. A Esquerdopatia é mesmo uma doença.

Pra frente Brasil

         Consegui, por outros meios, a informação de que a música teria sido gravada originalmente por uma orquestra da rádio Globo, que é a mais tocada. Mas Os Incríveis também gravaram a música posteriormente.

Vacina

         O boçal e engomadinho governador de São Paulo, João Doria, está arrotando valentia proclamando aos quatro ventos que vai vacinar a população de São Paulo a partir de 25 de janeiro. Pode até ser que ele consiga vacinar alguém, mas só se a Anvisa tiver testado e aprovado uma vacina segura. O desespero dele justifica-se pela quantidade de vacina estocada que ele comprou dos seus patrões chineses. Alguém quer fazer a caridade de dizer a ele o que fazer com as vacinas?

Perdas

         Em pouco mais de um ano perdi três irmãos. Um de sangue, e dois por adoção. Zé Olympio, nosso querido “Zé do O”, completou, no mês passado, um ano que voltou para a casa do Pai Eterno. Há cerca de duas semanas perdi meu irmão mais velho, José Borges, a quem chamávamos em família de “Zé Popô”. E na segunda-feira passada (7), foi a vez de “Tonheiro”, como era conhecido Antônio da Silva Mascarenhas. O meu entendimento sobre as coisas do mundo espiritual e sobre o que seja “Deus”, não comporta desespero nessas horas. Encaro com muita naturalidade. Mas, a tristeza da saudade só aumenta com as lembranças dos nossos bons momentos vividos. O choro é inevitável e o peito dói. Agradeço aos amigos que me enviaram mensagens ou telefonaram para me confortar.

Vida que segue

         Como diz a música, “num dia a gente chega, noutro vai embora. Enquanto choro a partida de alguns, sorrio e agradeço a Deus pelo dom da vida de outros. Na semana passada nasceu meu 11º neto, Ravi. Na terça-feira (08) foi aniversário do meu padrinho de crisma, Bernardino (Pipiu) Bahia. 88 anos. Ontem (10) foi aniversário do meu filho do coração, Edenilson (Deni). E assim seguimos, entre risos e lágrimas.

Mudanças

         A cada eleição aparece um candidato de oposição (seja na esfera municipal, estadual ou nacional), dizendo que é preciso mudar, é hora da mudança, mudar é preciso, e mais um monte de frases similares. Entende-se que, quem não está governando quer governar, e pra isso é preciso mudar o governante da vez. Mas não é só no campo político que as pessoas reclamam por mudanças. O brasileiro, particularmente, vive dizendo que o comportamento social e político dos cidadãos precisa mudar. Mas a qualquer mudança proposta a reação é sempre forte e até violenta. Vai dizer aos funcionários públicos federais que, pelo bem de todos, é preciso reduzir os seus privilégios e verá como será alta a grita geral. Há poucos dias um amigo me enviou um texto onde o autor dizia que todos fazem propostas para mudar o mundo, mas se recusa a mudar a si mesmos. E conclui, “todo mundo quer ir para o céu, mas ninguém quer morrer”. Assim, fica difícil.

Vídeo o Brasil vai mudar quando

 

Água

         Apesar da constante propaganda do governo do estado anunciando que investiu pesado em abastecimento de água e rede de esgotos sanitários em Feira de Santana, as reclamações de falta d’água nas torneiras não param de crescer. No Rio de Janeiro a Justiça bloqueou R$ 100 milhões da empresa fornecedora de água, com multa de R$ 1 milhão por dia em que a falta d’água perdurar. Um exemplo a ser seguido pela Justiça da Bahia e de todos os estados prejudicados por obras de araque e falsas promessas.

Oydema Ferreira

         Parabenizamos o jornalista Oydema Ferreira pelos 46 anos da sua coluna social, comemorados terça-feira passada (08), que hoje é publicada semanalmente no jornal Folha do Estado, tendo iniciado na Folha do Norte e passado pelos principais veículos de comunicação da cidade ao longo destes anos. “Jornalismo Honesto e de Credibilidade”. Parabéns, Dema!

Dica musical

A minha dica musical dessa semana é Vida e Carnaval, com Elba Ramalho. Quando eu comecei a namorar com Maura havia pouco tempo que eu tinha desfeito um casamento de quatro anos e dois filhos. Morava na casa do meu irmão e andava muito incomodado com a situação. Mesmo quando fui morar com ela, eu andava preocupado, evitando locais muito frequentados por meus antigos amigos e familiares, porque não queria alimentar quaisquer tipos de comentários ou discussões. Sempre detestei gente se intrometendo e dando palpites na minha vida, principalmente quando não pedi conselhos. Quando ouvi “Vida e Carnaval”, eu chutei o pau da barraca e gritei bem alto para quem quisesse ouvir. “Tirei a máscara que até agora escondeu meu sentimento, a mais rara das joias que Deus me deu”. Afinal, eu, embora tivesse tido uma ótima educação caseira, aprendi muito também na escola da rua, vi a verdade nua e nunca saí do “tom”, ou seja, continuei sendo quem eu era, até porque a única pessoa que eu sempre segui foi eu mesmo. Paguei pra ver e vi a “barra de ser o que se é, na vida ou no carnaval. E esse sentimento e tantas joias raras que Deus me deu (Honestidade, verdade, justiça, sinceridade, firmeza, entre outras), eu trago comigo até hoje. Só assim sou feliz!



Philosopher

“É melhor morrer do que perder a vida” (anônimo)

         Antigamente eu ouvia as pessoas dizerem isso em tom de brincadeira, porque entendiam que morrer ou perder a vida seriam a mesma coisa. Nem um caminhão carregado de chinês é a mesma coisa. Aliás, a sabedoria popular concebeu esta outra pérola: Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa”. Morrer é a falência do corpo que para de funcionar. Mas eu mesmo conheci muita gente que passou pela vida sem ter vivido. Esses perderam suas vidas. Gente que passou a vida acumulando dinheiro, sem se divertir, sem gozar os prazeres que o dinheiro poderia ter lhe proporcionado, e morreram, muitas vezes quando pensavam em começar a viver. Outros, por puro medo, não se aventuraram a nada. Não queriam nem mesmo ampliar seus horizontes profissionais ou comerciais, por medo de prejuízos. Morreram sem saber se seriam bem sucedidos ou não. Ainda cedo, sabendo da fragilidade do meu coração, eu decidi que faria tudo que os médicos me proibiam, porque se não poderia ter uma vida plena, pela metade eu não queria. Estou com 66 anos muito bem vividos. Se você tiver que se arrepender de alguma coisa, se arrependa do que fez, porque arrepender-se do que deixou de fazer você nem vai conseguir. Vai morrer antes.

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Por hoje é só que agora eu vou ali me ufanar do meu País. Calma, *politicalha! Eu disse, Ufanar, e não Afanar).

P.S. *Politicalha: Cruzamento de político com canalha.

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