sexta-feira, 9 de abril de 2010

A inveja é uma merda!


Vi um adesivo com esta frase no para brisa de um carro. Pouco depois, ouvia Dilton Coutinho e Paulo José falando de um amigo que, com muito trabalho, conquistou uma melhor condição financeira e passou a fumar os melhores charutos e beber os melhores vinhos. “É um burguês”, diziam. Mas, eles falavam sem inveja ou maldade, apenas brincando com o amigo. Afinal, não há mau nenhum em se usufruir daquilo que se conquistou honestamente.
Isso me levou a tempos passados, quando militantes da esquerda criticavam a “burguesia” e induzia as pessoas a sentir vergonha por ter uma condição financeira melhor, promovendo a luta entre as classes. Mas, como disse Joãozinho Trinta, “pobre gosta de luxo, quem gosta de miséria é intelectual”, e o povo brasileiro continua aí, adorando a burguesia, doido pra fazer parte dela.
Eu não entendo como se pode ter inveja do sucesso alheio. Como se pode criticar alguém porque ficou rico trabalhando duro. Porém, hoje, no Brasil, é difícil conhecer alguém bem sucedido com trabalho honesto. O que vemos é uma grande quadrilha assaltando o País, enricando às custas do trabalho duro dos outros.
E o pior é que quem faz isso são aqueles mesmos militantes da esquerda, que bradavam contra a burguesia, como se ser rico, burguês, fosse uma falta grave, uma doença maligna. Eu me lembro de ter visto Chico Pinto, um dos maiores ícones da esquerda no Brasil, vestido como um mendigo, num palanque, a reclamar dos horrores da ditadura militar. E uma semana depois encontrá-lo num dos mais caros restaurantes de Salvador, muito bem vestido, cheio de anéis e voltas de ouro ao pescoço, almoçando com aqueles que ele xingava nos palanques.
Foi quando comecei a desconfiar dos propósitos daqueles democratas de araque, burgueses disfarçados, travestidos de povo para conquistar votos. Eu poderia aqui dar os nomes de vários deles, que nos anos de chumbo viviam a pregar contra a burguesia, e hoje são os maiores burgueses da cidade. E, o que é pior, não movem um dedo em favor dos seus semelhantes menos favorecidos.
Não estou aqui a defender que as pessoas ricas tenham que dar aos outros aquilo que conquistaram com suor e sacrifício. Trata-se apenas da grandeza de quem reconhece a graça obtida através de Deus (afora os ateus, é claro) e busca, de alguma forma, dar oportunidades para quem ainda não teve chance. Algo assim como “não dar o peixe, mas sim o anzol, e ensinar a pescar”.
Temos aqui em Feira de Santana exemplos de pessoas que enriqueceram com trabalho duro. Mas, a inveja dos incapazes, que os ataca sempre que têm oportunidade, os deixa retraídos. Há aqui exemplos de empresários bem sucedidos que deixaram a cidade por não suportar mais as injustiças praticadas contra eles por esse tipo baixo de gente. Essa corja mesquinha que só faz mal aos seus semelhantes e a si mesmos.
Realmente, a inveja é uma merda!

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