terça-feira, 19 de abril de 2011

Amor

São dias difíceis estes que estamos vivendo. Parece que nos perdemos no caminho e que já nem sabemos para onde vamos. O que foi que aconteceu? Onde foi que erramos? Estas parecem ser as perguntas certas a fazer. Tudo está um caos. Quando pensamos que algo está mudando para melhor, tudo muda para pior.


Temos pela frente alguns dias de folga no trabalho, na lida diária. Estamos vivenciando a semana dita “Santa”. Então, vamos fazer com que ela seja realmente Santa. Em vez de encher a cara e a pança, vamos nos encher de sabedoria divina para, pelo menos, tentar entender o que está acontecendo e o que poderemos fazer para melhorar o nosso dia a dia.
Dizem que Jesus morreu para nos salvar. Mas, salvar de que? De quem? Do Demônio e do fogo do inferno? Ou nos salvar de nós mesmos? Desde que ele esteve por aqui, e lá se vão mais de dois mil anos, o que aconteceu conosco? Mudamos para melhor ou para pior? Nossa tecnologia evoluiu muito, mas nossos espíritos parecem ainda viver nas cavernas.
Quando esteve aqui Jesus revogou as leis vigentes e antes de partir deixou um único mandamento, revogando as disposições em contrário: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. Isso bastaria para sermos felizes. Se amo ao meu próximo como a mim mesmo, eu não vou odiá-lo, não vou traí-lo, não vou invejá-lo, não vou roubá-lo e não vou matá-lo. Não vou fazer ao meu irmão nada daquilo que não quero que ele faça a mim.
Creio que as pessoas que inventaram o comportamento tido como “politicamente correto”, estavam bem intencionadas. Elas queriam evitar que as pessoas fossem humilhadas e maltratadas. Mas a simples mudança de nomenclatura, de retórica, não muda os fatos. Um preto vai continuar sendo preto, mesmo se o chamarmos de afrodescendente. O que importa é a forma como empregamos as palavras. Brincamos com nossos amigos chamando-os por adjetivos pejorativos, como “bicha” ou “ladrão”. Sabemos que eles não o são, e eles sabem que nós estamos brincando. E isso é o que importa.
Da mesma forma, quando repreendemos nossos filhos, a diferença está na forma como o fazemos. Aplicar um castigo, dar umas palmadas, não significa espancar ou torturar. Os antigos diziam: “Pé de galinha não mata pinto”, querendo dizer com isso que os pais não machucam seus filhos, mesmo quando lhes aplica um corretivo. Nossos filhos não vão nos odiar por isso, porque sabem que estamos apenas querendo lhes dizer: Sejam bem comportados. Porque, neste mundo, se não aprenderem a respeitar os mais velhos, vão ter que respeitar os mais fortes.
É tudo uma questão de amor. Se carregarmos o amor nos nossos corações, e colocarmos amor em tudo que fizermos tudo dará certo. Como disse São Paulo: “Ainda que eu falasse a língua dos anjos, se não tiver amor, de nada adiantará. Porque das virtudes teologais, Fé, Esperança e Amor, apenas o amor permanece. Ele tudo suporta e tudo perdoa”.
Comecemos então por perdoar nossos semelhantes, e amá-los, como amamos a nós mesmos.
A todos, uma feliz e Santa Semana!

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