terça-feira, 19 de abril de 2011

Por uma solução prática e menos dispendiosa

Lauro Caversan

É incrível como certos políticos encontram soluções fáceis e pré-concebidas para problemas complexos que acabam de surgir:
Quando uma criança vai mal na escola é aconselhado que seja levada para um tratamento com psicólogo. Geralmente as sessões acontecem uma vez por semana, durante uns três meses, quando é requisitada uma sessão de tratamento semanal com os pais. Depois de alguns meses de sessões  psicoterápicas aparece um diagnóstico, nem sempre determinístico. O preço das sessões, nem se deve perguntar. É claro, é caro.
No caso do massacre do Realengo, em menos de dois dias, com base em artigos de jornais, sobre o que teria levado o atirador Wellington a efetuar os disparos contra crianças inocentes e indefesas, já havia diagnóstico de profissionais sobre a personalidade e os motivos da conduta do psicopata. Isso nos leva a pensar:
Se o diagnóstico é tão simples, por que temos que pagar tantas sessões de tratamento por um simples caso de depressão? Será que estamos sendo enganados? O que sabemos de concreto e ainda com base na imprensa, é que ele reclamou ser vítima de chacotas, desprezo e talvez buliyng no seu tempo de escola.
No Congresso é mais fácil: VAMOS FAZER UM NOVO PLEBISCITO SOBRE O DESARMAMENTO! Só falta dizer: O preço é X milhões e já tenho até o nome do publicitário que vai vencer a concorrência. Até aí tudo bem! OK. Mas, vamos pensar um pouco:
1) Quando o índio Galdino foi incendiado ninguém propôs um plebiscito para proibir a venda de álcool nos postos;
2) Quando um vestibulando foi afogado em uma piscina durante o trote ninguém propôs um plebiscito para proibir a construção de piscinas no País; O uso de ácidos e outros produtos também poderia render alguma
coisa;
3) Também não se propõe um plebiscito para proibir a fabricação de veículos no Brasil. E morre muita gente atropelada e em acidentes;
4) Poderíamos citar mais um elevado número de situações (mensalão, Gamecorp, castelos, dossiês, cartões corporativos, dinheiro na cueca, censura de jornais etc.) que iriam gerar plebiscitos para enriquecer meio mundo.
Que tal adotarmos uma solução mais prática, fácil de aplicar e menos dispendiosa?
1) A escola observa e fiscaliza os elementos que praticam violência contra seus colegas;
2) Envia uma carta de advertência aos pais;
3) Na falta de melhora no comportamento aplica uma penalidade exemplar;
4) Se houver reincidência, expulsa o marginal e comunica à autoridade  policial, detalhadamente, a ocorrência.
Pode não resolver totalmente o problema, mas já é um começo. A partir daí, é só aperfeiçoar, de acordo com as circunstâncias. Havendo lei e sendo aplicada para todos, sem distinção de cargos políticos ou situação patrimonial, o povo obedece.

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