quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Elites


        
Li um texto em que o autor afirma que existem duas elites: Uma verdadeira, a que manda. E uma pseudo elite, que pensa que manda. E cá eu me pergunto: E eu com isso? Sim. Porque fazendo parte ou não das elites (que o Luladrão chama de “zelites”) Não vejo como escapar das influencias que elas possam ter (e tem) sobre minha vida. Se eu levantar a espada, fizer a revolução, e destronar os atuais mandatários da humanidade, tudo que vou conseguir é estabelecer uma nova ordem social e política, só que, sob a minha ótica e liderança. E o povo, alvo constante das promessas de uma vida melhor, por parte dos revolucionários, vai continuar sendo povo, vivendo sob o jugo da nova elite estabelecida. Não há como escapar disso, amigo, só mudando para um planeta deserto.

         Se formos discutir o que são as elites (não zelites) e quem faz parte delas, seriam necessários muitos compêndios contendo tratados intermináveis sobre o que são e como se dividem as elites, e, por consequência, o que é povo. Sim porque assim como tem a grande elite, a média elite, a baixa elite, a falsa elite, tem também o povo, o povão, a plebe, a massa, o Zé Povinho a “bucha de canhão”, e por aí vai. Em toda classe social vai ter sempre alguém que manda e alguém que obedece. Militares, por exemplo, obedecem a ordens. Uma desculpa validada judicialmente para que possam cometer qualquer atrocidade contra quem quer que seja (viram aí porque não quis ser e nem lido muito bem com eles?). Empresários são respaldados pelo poder financeiro, podem dar emprego e renda a milhares de pessoas, mas também podem demiti-las quando bem o quiserem. E nas suas empresas e corporações, também tem os chefes, que mandam e desmandam, empregam e desempregam seus semelhantes num piscar de olhos.
         Ilude-se quem pensa que isso só acontece em regimes capitalistas. Vejam como acontece nos países ditos comunistas ou socialistas: Em Cuba existe uma elite militar que já está no poder a mais de 60 anos. Fizeram a revolução, derrubaram um ditador, botaram para correr seus aliados (os que não correram foram fuzilados) e estabeleceram uma nova ordem social onde o povo não tem direito a propriedade. Tudo que produzem vai para o Estado (a elite dominante) de quem recebem roupas, remédios, alimentos, educação, etcetara, e sequer podem deixar o país. São escravos. Se tentarem fugir serão caçados presos ou mortos, como faziam os antigos escravagistas luso brasileiros com os negros.
         Na Rússia e na China ocorre o mesmo, porém, como são países poderosos militar e economicamente, ninguém teve coragem de lhes causar um embargo, ou seja, um isolamento do resto mundo, como fizeram com Cuba, que está atrasada 60 anos na evolução tecnológica da humanidade. Então, não há como fugir. Não existe (ainda) um regime político e social perfeito, um paraíso onde todos são livres e felizes, fazendo apenas o que querem e o que gostam. Mesmo aqueles que se rebelam e formam fileiras em grupos radicais, vivendo como mercenários para só trabalhar quando e para quem desejarem, acabam tendo que receber ordens, porque a disciplina se faz necessária para a sobrevivência. Vivem sempre em total estado de alerta, porque são caçados pelas elites dominantes de todos os países, porque se tornaram apátridas.
         E se você ainda acha que pode fugir, deixa eu te lembrar de uma coisa: O próprio Criador nos separou em raças, em fortes e fracos, em sábios e imbecis, em gêneros e, pra complicar ainda mais, deu a cada ser humano singularidade, ou seja, não existe dois seres exatamente iguais. Vivemos, pensamos, agimos, de formas totalmente individuais. Porém, como eu já disse uma vez, a glória da criação está na sua infinita diversidade, e em como podemos combinar nossas diferenças para criar beleza. É só escolher com sabedoria como queremos viver.

P.S. Eu tenho uma opinião sobre o que poderia ser um sistema político e social perfeito. Qualquer dia desses eu falo sobre isso.

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