domingo, 26 de fevereiro de 2017

O menino de 14 anos que está à frente da revolução tecnológica pretendida pelo Facebook



 Alec Jones é um adolescente canadense de 14 anos que há seis meses se empenha no desenvolvimento de um aplicativo para ajudar estudantes a organizar seus deveres de casa.

Sua ideia está à frente da revolução tecnológica que o Facebook pretende liderar e parece ser melhor que outras com tecnologia semelhante desenvolvidas por empresas como Google e CNN.

A tecnologia é a do chatbot, tida como uma promessa de mudar completamente a forma como interagimos com serviços e empresas online. Na tradução literal, seria algo como "robô de bate-papo".

No ano passado, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, abriu o acesso a documentos para tornar possível qualquer um desenvolver seus bots para o Messenger (aplicativo de mensagens da rede social), como uma forma de estimular e testar a nova tecnologia.

E, há quase um ano, o presidente-executivo da Microsoft, Satya Nadella, proclamou: "os 'bots' são os novos aplicativos". Mas, até agora, seu progresso tem sido decepcionante. A maioria dos apps é pouco útil ou não funciona bem.

Na semana passada, no entanto, meu otimismo renasceu nas mãos de Alec Jones, que vem desenvolvendo o "Christopher Bot".


Conversa informal

Para configurá-lo, é preciso apenas compartilhar o horário escolar com o bot, e ele envia mensagens ao final de cada aula pelo Facebook Messenger para perguntar se há dever de casa.
"Você tem dever de casa de matemática?", me perguntou por mensagem o bot. "Sim", respondi. "Seu professor precisa relaxar um pouco com o dever de casa", respondeu, acrescentando: "qual dever de casa você tem?".

"Mais álgebra :-( ", escrevi.

"Ok, entendido".

Por meio desse sistema, pude incluir facilmente "álgebra" num calendário semanal. Assim, posso acessá-lo a qualquer momento para checar o que falta fazer. Logo que completei a tarefa, avisei ao Christopher Bot, e ele me felicitou, eliminando automaticamente a tarefa da lista de coisas pendentes. E o melhor é que na época das férias, o bot não incomoda.

A promessa dos chatbots

O que impressiona é que, de todos os experimentos que se têm observado, esta é a primeira vez que um chatbot foi, realmente, a melhor maneira de solucionar um problema.
Outros chatbots produzem uma experiência pior de algo que já existe. Por exemplo, é melhor ter acesso a notícias da CNN por meio de qualquer outro de seus produtos que o chatbot.
E o popular bot de informação climática Poncho, embora atraente e bem divulgado, tem o hábito de me dizer que está para chover cinco minutos depois que os pingos já começaram a cair. (Leia mais no BBCBrasil)

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