Ao que parece não é apenas entre o México e os EUA que há
um muro. Aqui, entre o cidadão e os políticos há uma muralha, ou abismo,
se preferir. Michel Temer, o interino, formou uma equipe econômica de
respeito, melhorou a segurança para investimento, e tem proposto as
reformas da educação, previdência, e o teto de controle de gastos, que
são medidas duras, mas necessárias.
O preço, no entanto, que cobra está ficando muito caro. Sua
leniência com os amigos suspeitos de corrupção causa calafrios. Já foi
assim com Jucá- afastado e renomeado-, Geddel, que ficou ao sereno onde
Moro costuma atuar; Padilha, citado na Lava-Jato e Moreira Franco, já
citado em mais de uma das investigações da PF
Agora, Temer, recriou 2 Ministérios quando tinha prometido
enxugar a máquina, algo que causa ira na população. Um deles - sejamos
sinceros- serve apenas para dar status de Ministro ao Angorá, ops,
Moreira Franco, seu dileto amigo. Ao contrário do famoso episódio de
José Serra, quando era governador de São Paulo, não se pode dizer que
Temer deixe um companheiro ferido na estrada.
Quanto mais poderoso se sente o interino mais se aproxima
da velha prática fisiologista, inchando a máquina adminsitrativa, sem
prestar contas aos desejos do cidadão que viabilizaram sua subida ao
poder central. Temer se aproxima, do pior do estilo do PMDB. Ao dar um
passo para frente dá dois para trás.
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