sexta-feira, 12 de abril de 2024

Viagens espaciais

       

 Na minha juventude eu me encantava com as histórias de cowboys. Conforme me foi “vendida” a história, os bravos pioneiros brancos lutavam contra índios ferozes. Porém, ninguém me disse que os índios lutavam ferozmente para defender suas terras ancestrais invadidas pelo homem branco. E como eu gostava de aventuras, larguei a querela de índios e homens brancos para trás e comecei a me interessar pelas viagens espaciais. Ficava olhando para o céu imaginando quais segredos ele guardava.  

         Pelo que sabemos, nós os humanos, e toda a bicharada, vivemos em uma bola de rocha e terra coberta por mares e matas. Além de desertos e geleiras, é claro. E como ninguém reclamou a posse até agora, aqui vivemos nós olhando para as estrelas e imaginando o que há por lá. De lambuja ainda recebemos um sol para nos aquecer e uma lua para nos encantar.

         Eu ficava imaginando o que haveria lá no espaço. E os clássicos de Júlio Verne e outros sonhadores como eu, davam asas à imaginação e criaram histórias mirabolantes sobre extraterrestres e planetas habitados. O primeiro alvo do nosso interesse para uma visita foi a lua. Afinal era o astro mais perto de nós. Não é uma bola de fogo como o sol, mas, também não pode sustentar nossa vida, pois lhe falta oxigênio. Água pode até ser encontrada. Em 1969 alcançamos a lua com o projeto Apolo 11. E lá não havia nada mais nem menos do que esperávamos.

         Continuamos a estudar a lua, talvez mais interessados em desenvolver nossas habilidades em viajar pelo espaço do que encontrar qualquer coisa útil por lá. Contudo, aparições frequentes de OVNIs pelos céus do mundo inteiro, desafiavam nossa curiosidade. Como havia fortes indícios de que eram naves tripuladas, ficamos a imaginar como faremos para também viajar entre as estrelas.

         Esse sonho acalentou a esperança durante muitos anos, até que foi bruscamente interrompido: não é possível viajar entre as estrelas. Isso, pelo simples fato de que mesmo viajando à incrível velocidade da luz (300mil quilômetros por segundo) levaríamos quatro anos para chegar à Constelação de Centauro, nosso vizinho mais próximo. Resta ainda o fato de que se alcançarmos a velocidade da luz, imediatamente nos transformaremos em energia.

         Porém. Nem tudo está perdido. Não faz muito tempo circula entre cientistas a teoria das fendas espaciais e/ou portais intergalácticos. Einstein desenvolveu um estudo em que, teoricamente, há esta forma de passarmos de uma estrela para outra como se estivéssemos atravessando uma folha de papel. Explico: Numa folha de papel ofício desenhe na parte superior uma nave espacial e na parte de baixo a representação do que seria a estrela a ser alcançada. Junte as duas pontas do papel e perfure com um objeto pontiagudo passando do lado onde está a nave, para o lado onde está a suposta estrela. Uma viagem espacial poderia ser feita dessa forma se encontrássemos o portal que facilitaria a nossa passagem.

         Se, e somente se, encontrarmos essa passagem um dia talvez possamos viajar entre as estrelas. Caso contrário, continuaremos rastejando entre os planetas mais próximos de nós, levando muito tempo para alcançá-los. Mas, nem tudo está perdido. Se os tais discos voadores continuam sendo avistados nos céus da terra, há a remota possibilidade de que um dia um deles pare por aqui e nos ensine como viajar entre as estrelas.

         A esperança é a última que morre! Mas, morre!

         Por enquanto temos que nos contentar com as narrativas dos viajantes solitários e seus avistamentos, como no caso do caminhoneiro que viajava pela madrugada nas imediações de Varginha e ao longe viu uma forte luz na estrada e na frente um vulto de um ser baixinho, com longos braços arrastando no chão. Ele logo imaginou que era um ET. Parou o caminhão, desceu, se aproximou e gritou: “Severino, cearense, fazendo contato!” E ouviu a resposta: “João, pernambucano, fazendo cocô!”

 

Um comentário:

Anônimo disse...

Massa