sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Provedor da Santa Casa analisa matéria publicada no Blog da Feira

“O Blog da Feira, que se propõe ser uma mídia eletrônica informativa e formadora de opinião, na verdade tem se mostrado tendencioso, mal informado, e, por conseguinte, irresponsável. Pelo menos é o que demonstra em matéria recentemente publicada, sob o título ‘Medicina empresarial toma conta de vez do HDPA’, à qual analisamos todos dos parágrafos citados”.


Blog - Esta semana, serviços de pouca rentabilidade foram fechados pelo provedor da Santa Casa, médico Outran Borges.
Santa Casa – Não houve fechamento de nenhum serviço, apesar da pouca ou nenhuma rentabilidade, considerando-se a relação despesa e receita, do Pronto Socorro. Enfatizamos que o HDPA sobrevive quase que unicamente de recursos do SUS, e todas as Santas Casas e Filantrópicos do País passam por essas dificuldades, a exemplo da Santa Casa de Itabuna, que fechou totalmente a emergência, sem se considerar outras menores como as de Juazeiro, Itaberaba, entre outras. E os grandes hospitais de Salvador, a exemplo do Santa Izabel, que pertence a Santa Casa de Misericórdia, alem dos Filantrópicos (San Rafael, Português, Espanhol), que não atendem Urgência e Emergência.
Blog - No próximo dia 18, o Hospital Dom Pedro de Alcântara ingressa finalmente na era da medicina de alta complexidade, e inaugura uma Unidade de oncologia anexa ao HDPA em consórcio com três grandes clínicas privadas de Feira: IHEF, ION e CEON.
Santa Casa – Não tendo disponibilidade financeira para abrir novos serviços, para atender ao objetivo final, que é servir a comunidade, não apenas a Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana, mas quase todas as Santas Casas e Filantrópicos do País tem buscado parcerias na iniciativa privada; aliás, como têm feito os governos Federal, Estaduais e Municipais em todo o País. E somente pessoas sem nenhum conhecimento do que seja a importância de parcerias ou terceirização de serviços na administração moderna, fazem críticas, mas sem nenhum conhecimento de causa, e também sem nenhuma solução para apresentar.
Blog - O prédio foi construído pelas três clínicas mas os equipamentos foram adquiridos pela Santa Casa, através de financiamento internacional adquirido através de projeto elaborado pelo então provedor, médico José Mendes Neto.
Santa Casa – Mais uma prova de total desconhecimento dos fatos, posto que o prédio da UNACOM foi construído com recursos de empréstimo financeiro das empresas parceiras, que serão pagos através de desconto na própria fatura dos serviços prestados, sendo que ao final do contrato de dez anos, pertencerá integralmente ao patrimônio da Santa Casa de Misericórdia. Também não existe um único equipamento da UNACOM que tenha sido adquirido com recursos de Provedoria anterior, sendo adquiridos pelas próprias empresas médicas.
Blog - O acordo entre a Santa Casa e as clínicas é nebuloso e pouco claro. Pelas poucas informações divulgadas, as empresas terão direito a 80% da lucratividade.
Santa Casa – O “acordo” conforme citado na matéria, na verdade é um contrato elaborado pelas partes, HDPA e empresas médicas que atuam em Feira de Santana na área de Oncologia, registrado em cartório, com a participação da Assessoria Jurídica da Santa Casa de Misericórdia, e também submetido à aprovação da Mesa Diretiva da Santa Casa, composta por pessoas da mais alta credibilidade junto à comunidade, da qual faz parte dois advogados, sendo um deles promotor público aposentado, e o outro auditor fiscal do Estado, além de um funcionário da Receita Federal, dois ex-gerentes de banco, aposentados, um conceituado empresário da cidade, um engenheiro civil, ex-diretor de empresa estatal, portanto, homens que reúnem, além da credibilidade, também uma vasta experiência profissional. Convém, no entanto, enfatizar que a Santa Casa de Misericórdia, conforme consta no Artigo 1º do seu Estatuto, é uma Sociedade Civil de Direito Privado, cabendo a Mesa Diretiva e Provedoria prestarem contas apenas a Assembléia da Irmandade. No entanto a Santa Casa tem sido regularmente auditada, tanto pela Secretaria de Saúde do Município, quanto pela Secretaria de Saúde do Estado. Quanto ao termo “nebuloso”, talvez “nebulosas” sejam as intenções do autor da matéria, ao tentar denegrir a imagem da Santa Casa de Misericórdia, mal informado e sem nenhum conhecimento de causa.
Blog - A alta complexidade é o filão mais cobiçado da medicina empresarial. Por causa dela deu-se a confusão que resultou na intervenção da Santa Casa de Misericórdia. Grande parte da verba do SUS é abocanhada por esse ramo da medicina.
Santa Casa – Em relação aos motivos da intervenção pela justiça, anterior a essa Provedoria e Mesa Administrativa, não consta no processo quaisquer referências ao citado na matéria; outras informações pertinentes poderão ser obtidas na Promotoria Pública ou na Justiça, que decretou a intervenção.
Blog - A inauguração dessa unidade é a consecução do projeto de intervenção patrocinado pela Prefeitura. Originalmente, o projeto da Santa Casa não terceirizaria os serviços de alta complexidade. A disputa por essa fatia do bolo provocou a crise.
Santa Casa - Voltamos a enfatizar que a matéria jornalística, a nosso ver tendenciosa e sensacionalista, deverá procurar se inteirar dos reais motivos da intervenção, pois com tais afirmações coloca em suspeição a própria Justiça, que decretou a intervenção, bem como a Promotoria Pública, como se estes estivessem a serviço de interesses particulares de grupos empresariais, patrocinados pela Prefeitura Municipal, o que é uma afirmação maldosa, irresponsável e de conseqüências graves.
Blog - Esta semana, o atual provedor da Santa Casa, médico Outran Borges reuniu a imprensa para anunciar o fechamento de ambulatório do HDPA..
Santa Casa – Novo equívoco: não foi “fechamento do ambulatório” e sim desativação temporária da emergência da Pediatria, o que não ocorreu, mesmo temporariamente, pois a Prefeitura Municipal assumiu os custos de sete profissionais médicos, para completar o quadro, e o Governo do Estado continua mantendo os outros sete profissionais, necessários ao funcionamento do Pronto Socorro, com clínicos e pediatras, em plantões de 24 horas.
Finalizando, todas as afirmações aqui contidas, e relacionadas aos serviços prestados e ao Hospital D. Pedro de Alcântara, são respaldadas através de documentos em poder da Santa Casa de Misericórdia.

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