domingo, 30 de agosto de 2009

Artigo da Semana


Pra onde vai nosso dinheiro?

O governo federal cancelou a liberação de uma verba de R$ 38 milhões, destinada a Feira de Santana, oriunda de emenda ao orçamento da União, proposta dos deputados federais que representam Feira de Santana (Colbert Martins, Fernando de Fabinho e Sérgio Carneiro), apoiada por toda a bancada baiana. A verba era destinada, entre outras obras, à construção de uma via de ligação entre a avenida Noide Cerqueira e a BR-324, passando por trás do Parque de Exposições João Martins da Silva. A obra é considerada como de vital importância daquele setor da cidade, já bastante povoado.
Na sexta-feira passada (21) a Imprensa anunciava que o Estado pretende cortar cerca de 30% do orçamento a Universidade Estadual de Feira de Feira de Santana (UEFS). A universidade está ás voltas com funcionários e professores reivindicando melhores salários, falta de professores, e até superpopulação de gatos. A primeira turma do curso de Medicina corre o risco de não se formar no prazo previsto, por conta de greves e falta de professores. Enquanto isso, o governo do Estado solta foguetes para informar que implantou o curso de Medicina em Jequié.
Não se pode entender de outra maneira estes cortes orçamentários, senão, como uma perseguição a Feira de Santana (a Cardiologia do HDPA até hoje não foi credenciada ao SUS). Esta semana foi discutida em Feira de Santana a privatização da privatização da BR-324. Pergunto eu: E o dinheiro da CID, aquele imposto que deixamos nas bombas dos postos de combustíveis? Teoricamente, ele deveria cair diretamente na conta do DNIT, para construção, pavimentação e conservação de estradas. Mas não cai. Deve cair em algum dos muitos buracos negros do governo federal.
Qual a explicação da União e do Estado para estes cortes orçamentários? Falta de verba? Não pode ser, porque a propaganda oficial informa que a Bahia virou um canteiro de obras. Caiu a arrecadação? Não Pode ser, pois a nossa carga tributária é uma das maiores, senão a maior, do mundo. Trabalhamos quatro meses do ano só para pagar impostos. Ou seria economia para fazer caixa para a campanha eleitoral de 2010?
Nesse último caso eu devo avisar, a quem interessar possa, que o povo feirense é historicamente contrário a obras eleitoreiras, que chegam de última hora, enquanto durante todo o ano são se fez nada. Isso não rende votos aqui. Digo isso como aviso, porque o governador é originário do Rio de Janeiro, e não conhece bem os usos e costumes do nosso povo.
De toda sorte, o fato é que a cidade não recebe devidamente os benefícios a que faz jus por parte da União e do Estado. Diria aquele antigo humorista: “Êpa! Estão metendo a mão no meu bolso”!

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