sábado, 28 de novembro de 2009

Artigo da Semana


Denúncias

Duas coisas são absolutamente necessárias para que se formule qualquer denúncia: provas e coragem. Provas, para não cair no ridículo da denúncia vazia e ainda responder a processos. Coragem, para sustentar o que disse. A denúncia vazia, sem provas, é prática comum entre políticos incapazes e enganadores. Levantam questões e fazem denúncias sem ter absolutamente como provar o que dizem. É o que eu chamo de jogar para a torcida.
Elegem-se e reelegem-se, sem produzir nada de útil para a sociedade, às custas de pessoas crédulas e simplórias, que não conseguem perceber a inutilidade das ações destes canalhas. Não por acaso o delegado Fábio Lordelo declarou em alto e bom som: “Não escuto discurso vazio de vereadores”. Disse isso após ser questionado sobre as denúncias de vereadores sobre a falta de segurança pública, no Município.
O delegado está certo. Se os vereadores querem questionar falta de segurança, vão questionar seus líderes, seus prefeitos, governadores e presidente. São eles que devem dotar as polícias da estrutura necessária para combater a criminalidade, e, paralelamente a isso, investir em educação e outras formas de tirar os jovens das ruas e lhes dar condições de trabalho, para que não enveredem pelos caminhos das drogas e da violência. Não é um delegado de uma cidade do interior da Bahia que vai resolver o problema. Ele faz a parte dele. Prende bandidos, mas, a Justiça solta.
Outro vereador, mais afoito, se solidarizou com “os brasileiros que ficaram indignados com a presença do presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad, na última segunda-feira, no Brasil”. É ou não é falta de assunto, falta do que fazer? É por isso que eu digo que não precisamos de vereadores, mas sim um “Conselho de Cidadãos”, eleito pelo povo, mas, reunindo-se apenas quando convocados por algum poder ou instituição, para debater um assunto específico e apontar soluções. Sem remuneração, é claro.
Esta semana a vereadora Eremita denunciou possíveis irregularidades no Programa Minha Casa Minha Vida e por isto teria sofrido constrangimento e ameaça por parte de gerentes da CEF, que alegam que a vereadora teria denunciado a existência de “tráfico de influência” na execução do Programa, beneficiando empresários. Eremita afirma que não fez esse tipo de denúncia, tampouco citou nomes de gerentes da Caixa. Ela afirma que apenas abordou alguns aspectos estranhos na execução do programa, a exemplo da cobrança de taxa de inscrição para interessados em uma unidade habitacional. Teria dito também que algumas pessoas, possivelmente empresários, estariam adquirindo vários imóveis, prejudicando famílias de baixa renda.
É por essas e outras que se tem que ter provas sobre o que se diz.

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