segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Escritor feirense lança segundo livro de poemas na Uefs

“A escrita como uma pulsão mais forte”. Assim o poeta e artista plástico Antônio Brasileiro define a escritura poética da coletânea “há um poema morto na sala”, o segundo livro de poesias de José de Assis Freitas Filho. Segundo ele, o autor “é desta estirpe de poetas que escrevem por uma absoluta precisão. A escrita e a vida, uma e outra uma só”.
O que primeiro chama atenção no livro, selecionado em edital da Uefs Editora, é a forma direta e contundente de seu título, o qual pode ser lido como um verso. Em sua sintaxe, cuja força se concentra no verbo “haver”, o que o poeta percebe é um acontecimento invisível, ilegível e insonoro: o tédio, “esse monstro delicado”, como o chamou Baudelaire.
A sala de que nos fala o poeta feirense não é metafórica, mas a “enorme realidade” da condição humana a que se refere Drummond num dos poemas de Sentimento do mundo. Nesta coletânea, o que o autor nos instiga a ver, ler e ouvir é a sensação dolorosa deste tempo dito “pós-moderno”, o do modelo do vale-tudo da arte e de qualquer outro fazer e saber. Por isso mesmo, um tempo de signos cada vez mais vazios, mentirosos. Um livro, portanto, em que a poesia resiste a esse modelo.
José de Assis Freitas Filho é jornalista, sociólogo e mestre em Letras. Atua na Assessoria de Comunicação da Uefs e já publicou cinco livros (quatro de narrativas e um de poesia). “há um poema morto na sala” tem lançamento previsto para o dia 29 (quinta-feira), a partir das 16h, no hall do prédio da reitoria da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).


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