segunda-feira, 18 de junho de 2018

A violência que arrebenta nossa alma

Dia após dia, mês após mês, ano após ano, medo após medo, vemos os índices de violência crescendo e as mesmas justificativa das autoridades que afirmam nunca terem investido tanto em segurança, em um discurso vazio e pluripartidário. A verdade, no entanto, é que dia após dia, mês após mês, ano após ano, medo após medo, só a vemos crescer e nos assombrar.
Vivemos sob o manto do temor, do sono inquieto, do andar apressado e vigilante, como se estivéssemos em um planeta selvagem e inóspito e não na segunda cidade da Bahia. Aliás, a Bahia tem 5 das cidades mais violentas do Brasil. No último fim de semana, Salvador, viveu uma carnificina com 30 mortos,  e, nesse fim de semana, foi a vez de Feira, com 18 mortos. Se considerarmos o número de habitantes em relação à capital veremos que o feiroeste parece ter-se instalado de vez no município.

 A Bahia teve um aumento de 98% no número de crimes em 10 anos. Estamos encarcerados, reféns entre grades, veículos blindados, olhares suspeitos, horários intransitáveis e cada vez mais dependemos da sorte, da desconfiança extrema e da renúncia a liberdade. E não encontramos respostas em nossos líderes políticos, pois, é como se houvesse uma guerra perdida. Eles prometem nos proteger a cada eleição, mas o que vemos é que estamos sós e eles não conseguem nos ajudar, dia após dia, mês após mês, ano após ano, medo após medo. 

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