Paciente com Câncer terá Casa de Apoio em Feira de Santana

Foi apresentado nesta terça-feira (07) para um seleto grupo de empresários, imprensa, representantes da maçonaria e clubes de serviços, um projeto para a construção de uma Casa de Apoio ao Paciente com Câncer, vinculada à Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacom) do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA).

Uma paciente da Unacom, que prefere não ser identificada, doou ao Dr. Augusto Mota, médico que atua na unidade, um imóvel situado no bairro do SIM, para que fosse utilizado ao amparo de pacientes com câncer que chegam de outras cidades para receber tratamento ou realizar exames em Feira de Santana.

Sensível á ideia e ciente das dificuldades enfrentadas por pacientes que viajam centenas de quilômetros para receber tratamento, e que não dispõem de recursos para arcar com as despesas da viagem e estadia em Feira de Santana, o Dr. Augusto Mota resolveu abraçar a causa e, em parceria com a Santa Casa de Misericórdia, convocar a sociedade organizada para participar do projeto.

Nesta terça-feira foi realizado um almoço nas dependências do imóvel doado, onde foi apresentado o projeto arquitetônico do que será a Casa de Apoio ao Paciente com Câncer. Na oportunidade, o Dr. Augusto Mota fez uma explanação sobre a luta contra o câncer no mundo inteiro, e também apresentou dados sobre os excelentes números que a Unacom apresenta com menos de dois anos de funcionamento.

O Dr. Augusto Mota conclamou a sociedade civil organizada a participar do projeto, apelando para a “responsabilidade social” e alertando para o fato de que já ficou para trás o tempo da “pilantropia”, quando se descobriu muitas instituições ditas “filantrópica” na verdade eram capitaneadas por vigaristas que se aproveitavam da boa vontade da população para atender aos seus propósitos políticos e financeiros. Ele ilustrou seu comentário lembrando o impeachment do presidente Collor, cuja primeira dama era envolvida com diversas destas instituições “pilantrópicas”.

A Casa

O imóvel doado fica na avenida Centenário, no bairro do Sim, numa área de 18 X 40 metros. Segundo o projeto apresentado, a casa será demolida para dar lugar a uma construção de quatro andares, sendo que no térreo ficará a parte administrativa e funcional, além de áreas verdes. No primeiro andar ficarão os alojamentos femininos, no segundo os masculinos, e na cobertura um salão multifuncional para a realização de oficinas, eventos e terapias diversas.

Questionado sobre uma ala para crianças, ele explicou que não se recomenda misturar pacientes portadores de câncer adultos com crianças. “Curiosamente, os pacientes adultos são afetados psicologicamente quando na presença de pacientes infantis. Estes últimos, por sua vez, não apresentam mudanças emocionais, já os adultos são muito afetados”, explicou ele.