terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Você sabe apertar o “off”?

"Ontem me deparei com uma amiga de infância super querida no elevador de um prédio comercial em São Paulo. Prestes a dizer um simpático: “Oi Adriana, há quanto tempo a gente não se vê…”, fui inibida. Adriana entrou ouvindo música em fones de ouvido que se prendiam a sua cabeça em uma espécie de tiara rosa, com grandes pompons pink nas orelhas. Adriana também manipulava o celular freneticamente, avançava as telas com o dedo e digitava no teclado virtual como se tivesse atrasada para uma reunião. Tinha o olhar fixo no iPhone.
Enquanto eu acompanhava os números crescerem no visor digital do elevador, ainda tinha esperanças que Adriana olhasse para mim. Não aconteceu. Ela estava praticamente adbuzida pela tecnologia. Não notou ninguém. A porta se abriu no 12º andar e Adriana continuou em passos firmes para seu destino, sem largar o fone ou o celular. 
É cada vez mais comum a gente se deparar com pessoas conectadíssimas. Sim, a tecnologia nos deu mobilidade, rompeu barreiras, abriu nossos horizontes. Mas, de vez em quando, é preciso saber desconectar. Enquanto estamos presos na tecnologia, o mundo parece vazio ao nosso redor.

O vídeo (a seguir) da empresa tailandesa de telecomunicações DTAC mostra o quanto se pode perder da vida quando exageramos na tecnologia. As pessoas parecem invisíveis aos olhos de quem só presta atenção no e-mail, no celular, no iPod. De vez em quando, a gente precisa saber apertar o “off” para reparar no arco-íris, apreciar o sorriso de quem se ama ou até, quem sabe, encontrar alguém especial. Hoje vou procurar Adriana no Facebook e contar pra ela o que aconteceu com a gente."

NE: Este texto é da jornalista Luciana Vicária, editora-assistente de ÉPOCA em São Paulo, publicado no Blog Mulher 7X7. 
Mas, isso é uma constante nos dias de hoje. Nos deparamos com situações idênticas a todo instante. Cristóvam Aguiar, que se diz um dinossauro, não suporta redes sociais e afins. Usa um celular que já saiu de linha ha muito tempo, já gastou dinheiro suficiente para comprar um  dos mais modernos em conserto, mas o mantém ali porque ele diz que só precisa fazer e receber ligações e olhar as horas, já que também não usa relógio. Só utiliza computador para escrever e ler, afinal de contas jornalista precisa estar por dentro do que acontece no mundo e para se manter no mercado não apode continuar usando máquina de datilografia, embora tenhamos duas em casa.

Eu não sou tão radical, uso o facebook e twitter, mas, somente para facilitar meu trabalho e fazer contato com os familiares e amigos que estão distantes. Porém, eu não troco um bom papo numa mesa de bar ou um olhar através da janela do carro quando estou viajando, ou ainda escutar uma  boa música no nosso sonzinho portátil, por um troço desses nunca. 

Confesso que fico p... da vida quando chego em algum lugar e as pessoas estão concentradas em um destes brinquedinhos e se quer olham para mim. A gente pede uma informação e respondem, quando o fazem, sem se quer mover os olhos. A gente senta em uma mesa de bar para conversar e a pessoa está ali com olhos vidrados numa telinha batendo papo com pessoas que estão a quilômetros de distancia quando poderiam estar ouvindo e vendo pessoas ali juntinho.
Quanto tempo desperdiçado! 
Vamos dar uma olhadinha no vídeo abaixo e entender o que eu quero dizer.

Nenhum comentário: