Tem uma frase rolando por aí, atribuída a
Jair Bolsonaro, mas não sei se é dele. Seja lá de quem for, a frase merece
melhor atenção e raciocínio, sem observação dos conceitos dos socialistas,
comunistas, feministas e outros “istas”. Minha análise parte do ponto de vista
pessoal, desprovido de atrelamentos ideológico, mas sim, mercadológico. A frase
é a seguinte: “Mulher tem que ganhar menos, porque engravida”.
Eu não diria dessa forma, mas entendo que
mulher pode ganhar menos por conta das suas
escolhas (e o homem também). Explico: Se uma mulher resolve casar e ter filhos,
ela deve saber que terá menos chances de emprego e terá salários menores. Isso
não se regula com leis jurídicas, mas pelas próprias leis do mercado. Uma
mulher grávida, fica afastada do emprego cerca de quatro ou cinco meses, e
continua recebendo e ocupando uma vaga que, se fosse entregue a um homem, esse
problema não existiria.
Sei que há muito a
ser discutido sobre isso. Mas, essa discussão não existiria se a mulher optasse
por não ter filhos e se dedicasse à sua profissão, ao seu trabalho. Aí entra
outra questão social. Vivemos num país onde as mulheres engravidam e parem seus
filhos sem as mínimas condições de cria-los e educa-los. O País não oferece educação
e as crianças passam anos nas escolas e saem sem ao menos saber escrever nem
resolver pequenas questões elementares de aritmética, lotando o mercado de
semianalfabetos sem qualificação para trabalhar, vivendo sustentados pelos pais
ou de subempregos. Então, se a grande maioria mal se sustenta, como sustentar
filhos improdutivos? O caminho natural destes é marginalidade, onde morrem como
moscas.
O governo impõe um
monte de encargos sociais aos empregadores, mas os empregados não conseguem ver
a cor desse dinheiro. Da mesma forma são os impostos que geralmente somem na
cratera da corrupção política e administrativa. Se o dinheiro dos encargos
fossem pagos direto aos trabalhadores, e o dinheiro dos impostos fossem
empregados em obras e ações de infraestrutura, as crianças teriam escolas de
qualidade, as empresas poderiam ter programas de assistência às parturientes e
aos seus filhos, e essa discussão sobre mulher ganhar mais ou menos que homem
talvez não existisse.
Mas isso só se
obtém com uma população consciente dos seus direitos e deveres, lutando pelo
que é certo e necessário, e não preocupada com o Big Brother ou a cirurgia do
dedo do Neymar.
Tudo o mais é
conversa fiada de político bandido e enganador.
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