quinta-feira, 8 de março de 2018

Mulher



Tem uma frase rolando por aí, atribuída a Jair Bolsonaro, mas não sei se é dele. Seja lá de quem for, a frase merece melhor atenção e raciocínio, sem observação dos conceitos dos socialistas, comunistas, feministas e outros “istas”. Minha análise parte do ponto de vista pessoal, desprovido de atrelamentos ideológico, mas sim, mercadológico. A frase é a seguinte: “Mulher tem que ganhar menos, porque engravida”.
Eu não diria dessa forma, mas entendo que mulher pode ganhar menos por conta das suas escolhas (e o homem também). Explico: Se uma mulher resolve casar e ter filhos, ela deve saber que terá menos chances de emprego e terá salários menores. Isso não se regula com leis jurídicas, mas pelas próprias leis do mercado. Uma mulher grávida, fica afastada do emprego cerca de quatro ou cinco meses, e continua recebendo e ocupando uma vaga que, se fosse entregue a um homem, esse problema não existiria.

Sei que há muito a ser discutido sobre isso. Mas, essa discussão não existiria se a mulher optasse por não ter filhos e se dedicasse à sua profissão, ao seu trabalho. Aí entra outra questão social. Vivemos num país onde as mulheres engravidam e parem seus filhos sem as mínimas condições de cria-los e educa-los. O País não oferece educação e as crianças passam anos nas escolas e saem sem ao menos saber escrever nem resolver pequenas questões elementares de aritmética, lotando o mercado de semianalfabetos sem qualificação para trabalhar, vivendo sustentados pelos pais ou de subempregos. Então, se a grande maioria mal se sustenta, como sustentar filhos improdutivos? O caminho natural destes é marginalidade, onde morrem como moscas.
O governo impõe um monte de encargos sociais aos empregadores, mas os empregados não conseguem ver a cor desse dinheiro. Da mesma forma são os impostos que geralmente somem na cratera da corrupção política e administrativa. Se o dinheiro dos encargos fossem pagos direto aos trabalhadores, e o dinheiro dos impostos fossem empregados em obras e ações de infraestrutura, as crianças teriam escolas de qualidade, as empresas poderiam ter programas de assistência às parturientes e aos seus filhos, e essa discussão sobre mulher ganhar mais ou menos que homem talvez não existisse.
Mas isso só se obtém com uma população consciente dos seus direitos e deveres, lutando pelo que é certo e necessário, e não preocupada com o Big Brother ou a cirurgia do dedo do Neymar.
Tudo o mais é conversa fiada de político bandido e enganador.

Nenhum comentário: