quarta-feira, 25 de março de 2009

A dor de um cidadão general (parte III)

Acabaram com a LBA por lá campear o roubo. Os ladrões estão soltos e o órgão, que era uma realidade, deixou de proteger os miseráveis. No Brasil é assim. Os que ocupam os cargos roubam e os órgãos mudam de nome. Mudaram o nome do DNER. Acabaram com a SUDENE e SUDAM e os ladrões gozando a vida e nos chamando de imbecis. Falsidade, Fingimento, Hipocrisia.
Volto para casa. No caminho paro num sinal vermelho de trânsito e vejo uma mulher sentada na calçada e uma criança magra, com os seus 5 anos, correndo e ainda rindo na sua doce ilusão; e na sua fome evidente. Na carreira que deu ficou atrás de um poste de luz, baixou sua calcinha e fez xixi. Procurou se proteger. Levantou-se e correu, novamente. Tirei alguns trocados e lhe entreguei. O sinal abriu e fui embora.
A revolta pulava no peito. O meu povo não merece isso. Um presidente da República incapaz e que não tem a coragem de mandar investigar, e ainda encoberta criminosos; e uma Sociedade que não tem a coragem de gritar e pensa que se salvará na hipocrisia do dinheiro.
Não sou esquerdista, direitista, centrista ou algum “ista” qualquer. Sou um brasileiro que trabalhou e trabalha para melhorar o seu País, em benefício de seu Povo. Mas vejo que tudo piora. Cueca com dólares, malas com dinheiro, banco que faz empréstimos para partido político com fiadores duvidosos. E um desgraçado aposentado, para comprar remédio e sobreviver, toma empréstimos de pura demagogia pagos com desconto em folha.
Para manter a Santa Casa de Fortaleza, quase que sucumbo. Não chegava o dinheiro. Um dia aparece um fiscal do INSS nos fazendo uma intimação. Só fiz rir e ele também e foi embora. Não recolhia o INSS para comprar remédio, esperando fazê-lo com atraso, embora quando recebesse os minguados recursos governamentais que sempre atrasavam. Ainda é assim. E o dinheiro saindo aos jorros para os Valérios da vida. Chega-se ao cúmulo do Ministro da Justiça orientar o advogado dos ladrões do PT (deu nos jornais e não teve desmentido), quando deveria defender a Sociedade e a Nação. Terrível é que continua ministro e o presidente da República, por ele tutelado, fazendo comício em porta de fábrica com medo de perder o mandato.
Eu fico a imaginar o que estão pensando de nós no Exterior. Eles não entendem que o Banco Central seja dirigido por um cidadão que tem processo no STF a pedido do procurador geral da República, bem como um ministro que só saiu quase que a força. Pode ser uma coisa desta?
Poderia continuar nessa lengalenga, nessa ladainha ou nessa conversa de lamentações que não teria fim e ainda receber de meus correspondentes uma pergunta: “E Daí”? Só posso dizer que não vou me calar. Vou gritar e estou gritando. Quando na rua me perguntam: E agora general: o que diz? Eu grito bem alto: Sabia-se que eles, em 64 eram bandidos consumados: guerrilheiros, assaltantes de banco, seqüestradores, mas da coisa pública, não. Falo o mais possível alto para que todo mundo possa ouvir. E, sempre, ouço palmas.

Nenhum comentário: