quinta-feira, 26 de março de 2009

A dor de um cidadão general (parte IV)

E fico espantado com a hipocrisia de tudo o que acontece. Estamos no estado democrático de direito? Quando falam nos meandros jurídicos, chegam a babar de gozo. Pode a Comissão de Ética da Câmara julgar mais de um deputado de uma única vez ou só um de cada vez? Para onde mandar o pedido de Cassação? Deve ser para o presidente do Congresso ou para o presidente da Câmara? E outras “preciosidades” são ditas e ouvidas e alguns procuram nos brocados latinos a sabedoria do direito romano ou citam os direitos constitucionais alemães, italianos e de Bostzuana.
É uma graça. Não ouvimos nenhuma pergunta se os mentirosos deveriam de logo ser presos? Se os que tomaram parte na CPMI do Banestado deveriam ser também cassados pelo não cumprimento do dever. Ninguém pede a falência dos Bancos envolvidos nas bandalheiras. O caso Banestado está com uma pedra em cima. Como só tem bandido grande ninguém arromba o cofre. Se envolvesse um militar, o mundo viria abaixo e ele seria execrado. Todos correriam para dizer que estamos no estado democrático de direito, quando todo povo sabe que estamos no estado democrático dos canalhas, dos mentirosos, dos sem caráter.
Para alegria dos comunistas, dos trotskistas, dos maoístas, dos castristas e outras desgraças mais, irei terminar a minha revolta com o que escreveu Trotski, quando ainda sonhava na sua juventude: “Enquanto eu respirar, lutarei pelo futuro, aquele futuro radiante no qual o homem, forte e belo, será o senhor do curso inconstante da história e o dirigirá para o horizonte ilimitado da beleza, alegria e felicidade”!
Não vou perder a minha esperança. Um dia, ainda antes de morrer irei ver na cadeia esses ladrões – não venham dizer que estou abusando de adjetivos, pois, o Carlos Lacerda gostava deles e o estou imitando - os abjetos, os abomináveis, os amorais, os biltres, os canalhas, os crápulas, os cafajestes, os caras-de-pau, os covardes, os cretinos, os cínicos, os debochados, os descarados, os desmoralizados, os depravados, os desprezíveis, os desavergonhados, os devassos, os execráveis, os gatunos, os infames, os falsos, os idiotas, os imorais, os indignos, os impudentes, os larápios, os ladrões, os libertinos, os mentirosos, os mentecaptos, os obscuros, os patifes, os pusilânimes, os poltrões, os pornográficos, os pulhas, os ratos, os reles, os safados, os tratantes, os velhacos, os vis.
Estes adjetivos são até inocentes diante de outros que ainda não foram codificados nos dicionários da língua portuguesa. Um ministro de Estado classificou-os como “corruptos e f.d.p” o que não posso, também, fazer por ser um oficial general. Estou me referindo aos criminosos que estão ligados aos crimes apurados pelas diversas CPMIs, onde ressalto a dos Anões, Banestado, Correios, Mensalão, e Bingos.

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