sábado, 11 de julho de 2009

Um sincretismo amplo, geral e irrestrito





Como os seguidores de Jesus, mendigos, bêbados, prostitutas, desvalidos em geral, mas também guerreiros, comerciantes, políticos, religiosos, gente de toda posição social. Assim eram os participantes do Bando Anunciador da Festa de Santana. Quando os fiéis saiam de suas casas, nas últimas horas da madrugada, encontravam pelo caminho pessoas que voltavam de festas, de bares, de cabarés. Notívagos que, em geral, integravam-se ao desfile, menos por fé e mais por farra, para anunciar a proximidade da festa da Padroeira.
Numa pequena cidade, no interior da Bahia (assim como Belém), pessoas saíam às ruas, em festa, para anunciar um evento de fé e religiosidade. Aquele clima de alegria estimulava a confraternização entre as pessoas, independente de posição social, raça ou credo. Homens, mulheres e crianças, cantando, se abraçando e comemorando, num clima de paz, gentileza e cordialidade.
Essa legítima manifestação popular foi perdendo força através dos anos, por diversas razões, entre elas o individualismo, o preconceito e a violência que campeiam nos dias atuais, até desaparecer completamente. E por muitos anos ficou inerte, latente, esperando ser resgatada. Bem fez a UEFS em resgatar esta tradição, reunindo novamente o Bando Anunciador. Em novo formato, mas nem por isso menos bonito, popular e fraternal.
Neste domingo temos uma excelente oportunidade de mostrarmos ao mundo que a alegria, a fé, a fraternidade e a paz, ainda são possíveis. Basta que cada um tenha Deus dentro do coração.
Venham todos! Afinal, disse Jesus: “Onde duas ou mais pessoas estiverem reunidas em meu nome, eu aí estarei”.

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