sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Artigo da Semana



Boas Festas, talvez...

Há muitas coisas acontecendo. Boas e ruins. Eu poderia dissertar sobre várias delas, tais como a roubalheira em São Francisco do Conde, ou Feira de Santana gerando mais emprego e renda. Poderia falar sobre o clima que está sendo discutido em Copenhague. A crescente violência ou a grande produção e efervescência cultural em Feira de Santana. Sim. Muitos temas poderiam ser abordados. Mas, sendo esta a última edição do jornal neste ano, eu não poderia falar de outra coisa senão as festas de final de ano.
Sexta-feira próxima já é Natal. É necessário que nos lembremos mais do aniversariante do que dos banquetes, presentes e festas. Nestes tempos bicudos, é necessário que estejamos atentos ao que acontece à nossa volta (vigiai e orai), observando os sinais e as mudanças que estão acontecendo muito rapidamente nas nossas vidas. Muita reflexão se faz necessária, principalmente sobre os nossos valores físicos, morais e espirituais. O caso é sério!
E você, que não é cristão, pode refletir sobre os ensinamentos do seu guia espiritual. Afinal, todas as religiões trazem na essência uma mesma mensagem de amor ao próximo, respeito à divindade e promoção da paz entre os seres humanos. Quem não crê na divindade, pode pelo menos refletir sobre que tipo de mundo quer para si mesmo e para seus filhos e netos. Afinal, até um agnóstico quer o melhor para si e para os seus.
Depois vem o final do ano, o réveillon. Mais festas e banquetes. Nada contra. Se temos o que festejar, festejemos. Mas devemos encontrar um tempinho para refletir sobre nós mesmos. O que fizemos ao longo do ano que passou. O que podemos melhorar no ano que vem. Você deve estar pensando: “Estou cansado de ouvir isso”. É verdade, mas, quantas vezes você realmente praticou?
“Vigiai e orai” não quer dizer ficar rezando, de olho no céu, esperando ver Jesus, ou Maomé, ou Alá, ou Moisés, e mais quem quer que seja voltar do mundo dos mortos para nos salvar de nós mesmos. “Vigiai e orai” quer dizer que devemos estar atentos ao que acontece em nossa volta e dentro de nós mesmos.
Ouso sugerir algumas ações e atitudes. Busque tranqüilidade entre a confusão e o destempero. Seja racional. Seja corajoso. Não adie a solução de problemas, pegue logo o touro pelos chifres. Seja gentil, para com os outros e para com você mesmo. Seja solidário, facilite as coisas para o seu próximo. Atitudes e palavras simples melhoram a vida de todos nós. Dar passagem ao pedestre, segurar a porta do elevador, dizer por favor e muito obrigado abre todas as portas e deixa todo mundo feliz. Se não consegue, ainda, perdoar seu inimigo, ignore-o. Deixe-o fora da sua vida.
Não dê esmolas. Ensine, ajude, esclareça, cure, empregue, mas não vicie o cidadão na mendicância. Principalmente, crianças, jovens e adultos. Eles precisam aprender a ganhar o seu próprio sustento. Os idosos merecem o nosso respeito. Já fizeram muito. O que somos e temos devemos ao trabalho deles. Cuidemos, pois, dos nossos pais e avós. Eles são os pais e avós de todos nós.
Boas Festas para todos é o que, sinceramente, eu desejo de todo coração.

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