terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A Oração da Paz de São Francisco de Assis



Foi com o Sagrado Coração de Jesus, uma devoção que vinha se expandindo com muito fervor desde a Idade Média, que se iniciou um forte Movimento pela Paz.
Por toda a cristandade, nas dioceses e paróquias, faziam-se fervorosas orações pelo fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que e envergonhava a Europa, berço do cristianismo. Esse movimento pretendia conseguir nossa santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta devoção.
Isso gerou uma oposição muito forte a este culto.
Na Espanha foram proibidos os livros sobre o “Sagrado Coração de Jesus”. O imperador da Áustria deu ordens para que retirassem suas imagens de todas as Igrejas e capelas. Nos seminários era ensinado que "A festa do Sagrado Coração de Jesus provocava uma grave mancha na religião".
Só a partir de 1856, o Papa Pio IX deu sinal de aceitação a esse movimento e estendeu sua festa a toda a Igreja.
Conta a história que, durante a Primeira Guerra Mundial, quando toda a Europa fazia intensas orações pela paz, um tal “Marquês de la Rochetulon”, redator de um pequeno jornal “Semanário Católico Souvenir Normand” enviou ao Papa Bento XV, uma belíssima Oração pela Paz. A sua autoria é desconhecida, mas, segundo registros, essa Oração pela Paz apareceu pela primeira vez em 1913 numa pequena revista, com um longo título; “Oração para uso dos que querem colaborar na preparação de um mundo melhor”.
Pouco tempo depois dessa publicação, um franciscano mandou imprimir um cartão tendo de um lado a figura de São Francisco, símbolo da Ordem Franciscana, e do outro a Oração pela Paz. No final, uma pequena frase dizia: “essa oração resume os ideais franciscanos e, ao mesmo tempo, representa uma resposta às urgências de nosso tempo”.
Esse texto foi o suficiente para que a oração deixasse de ser apenas “Oração pela Paz” para se tornar conhecida como “Oração de São Francisco” ou a “Oração da Paz de São Francisco de Assis”.

Oração de São Francisco
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Conrado Dantas

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