Foi com o Sagrado Coração de
Jesus, uma devoção que vinha se expandindo com muito fervor desde a Idade
Média, que se iniciou um forte Movimento pela Paz.
Por toda a cristandade, nas
dioceses e paróquias, faziam-se fervorosas orações pelo fim da Primeira Guerra
Mundial (1914-1918) que e envergonhava a Europa, berço do cristianismo. Esse
movimento pretendia conseguir nossa santificação pessoal e a salvação do mundo
mediante esta devoção.
Isso gerou uma oposição muito
forte a este culto.
Na Espanha foram proibidos os livros sobre o “Sagrado Coração de Jesus”. O imperador
da Áustria deu ordens para que retirassem suas imagens de todas as Igrejas e
capelas. Nos seminários era ensinado que
"A festa do Sagrado Coração de Jesus provocava uma grave mancha na
religião".
Só a partir de 1856, o Papa Pio
IX deu sinal de aceitação a esse movimento e estendeu sua festa a toda a
Igreja.
Conta a história que, durante
a Primeira Guerra Mundial, quando toda a Europa fazia intensas orações pela
paz, um tal “Marquês de la Rochetulon”, redator de um pequeno jornal “Semanário
Católico Souvenir Normand” enviou ao Papa Bento XV, uma belíssima Oração pela
Paz. A sua autoria é desconhecida, mas, segundo registros, essa Oração pela Paz
apareceu pela primeira vez em 1913 numa pequena revista, com um longo título;
“Oração para uso dos que querem colaborar na preparação de um mundo melhor”.
Pouco tempo depois dessa
publicação, um franciscano mandou imprimir um cartão tendo de um lado a figura
de São Francisco, símbolo da Ordem Franciscana, e do outro a Oração pela Paz.
No final, uma pequena frase dizia: “essa
oração resume os ideais franciscanos e, ao mesmo tempo, representa uma resposta
às urgências de nosso tempo”.
Esse texto foi o suficiente
para que a oração deixasse de ser apenas “Oração pela Paz” para se tornar
conhecida como “Oração de São Francisco” ou a “Oração da Paz de São Francisco
de Assis”.
Oração de São Francisco
Senhor, fazei-me
instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio,
que eu leve o amor;
Onde houver ofensa,
que eu leve o perdão;
Onde houver
discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida,
que eu leve a fé;
Onde houver erro,
que eu leve a verdade;
Onde houver
desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver
tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas,
que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que
eu procure mais consolar, que ser consolado;
compreender, que
ser compreendido; amar, que ser amado.
Pois, é dando que
se recebe, é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se
vive para a vida eterna.
Conrado Dantas
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