terça-feira, 24 de julho de 2018

Retorno das doenças infecciosas: somos todos responsáveis

A crise, e o desgoverno, na sua face mais cruel, estão expondo a população a duas situações letais e que mostram toda indecência de nossa miséria administrativa:  aumento da mortalidade infantil e o retorno de doenças infecto-contagiosas, já desaparecidas.
Evidente que é uma consequência da crise, que tirou recursos da Saúde, piorando o que já era um baixo financiamento; da redução de investimentos na atenção primária, que tem impacto na cobertura vacinal e nas doenças crônicas; da opção pelo mercado, do governo  patanoso de Temer, que abriu as portas ao sistema de saúde internacional, que sucateia o SUS e tenta criar mercado para essas empresas com a oportunista ideia de planos populares, gerando clientes para o mercado e repassando o custo da assistência ao cidadão.

Além disso, temos um irresponsável movimento anti-vacina,  sem nenhum fundamento científico e que representa um retorno às trevas, do conhecimento. Nenhum procimento médico evitou tantas mortes como as vacinas. A varíola que matou 300 milhões no Século XX, foi erradicada em 1979. A Poliomielite que deixou sequelas em tantas pessoas, caiu de 350 mil casos em 88 para 74 em 2015.  Da mesma forma o sarampo e tuberculose que já foi responsável por 25% das mortes nos séculos passados. Agora, estamos tendo surtos de sarampo, e outras doenças já começam a ser notificadas. 
Estamos com uma das mais baixas coberturas vacinais que já tivemos, inclusive na Bahia, que tem umas das piores taxas.  É preciso que cada um entenda que ao deixar de vacinar uma criança está criando um ambiente propício ao surgimento de doenças  que afetam não só seu próprio filho, mas os filhos dos outros. Somos todos responsáveis. 
São duas situações dolorosas e que nos trazem o risco de mortes desnecessárias. Estamos retornando à selva original...

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