sábado, 15 de abril de 2023

 


* Tempos de WhatsApp *

    Quando em 1985, além da atividade laboral na produção de charutos iniciada em 1976, em paralelo passei a dedicar-me ao segmento da venda direta e personalizada do referido produto, ainda convivíamos com as cartas-pedidos, então em fase de substituição pela comunicação telefônica. Telefone fixo, bem entendido. Foi quando me apressei a facilitar a vida dos consumidores, ao implantar no Brasil o primeiro número 0800, específico para promover a venda de charutos. A iniciativa foi muito bem recebida, inclusive, sendo noticiada em jornal da época, a Gazeta Mercantil, sob o título “Charutos pelo telefone”. 

Logo em seguida, advém a comunicação via fax. O aparelho - indisponível no mercado nacional comprava-se no ‘mercado negro’ ou se encomendava a algum viajante aos Estados Unidos) - passou a ser objeto de desejo geral. Lembro-me ter logo acorrido à novidade, oferecendo-a a meus clientes como meio alternativo e moderno de comunicação.  Que não durou muito. 

Os computadores estavam se afirmando no meio empresarial. Nós trabalhávamos, à época, com uma verdadeira “carroça” com discos gigantes, chamada Cobra 210, funcionando na base do primitivo DOS, ai Jesus! Em verdade, todavia, dito recurso, “quebrava o galho”. Conseguíamos imprimir cartas e etiquetas autocolantes, produzir relações onomásticas, controlar as demandas individuais, etc.  

Quando, Windows e Internet invadem o mercado as coisas mudam para melhor. Pobre daquele que não se comunicasse via [email protected]. A partir daquele momento, alguém sem e-mail, seria um quase nada. Quanta dificuldade enfrentei com clientes de então, avançados nos anos, refratários à inovação! Mas, sobrevivemos relativamente bem, durante o reinado do e-mail. 

À época, quase concomitantemente, convivia-se com os celulares primitivos A seguir, com o advento dos smartfones e a sedimentação das redes sociais, a comunicação via e-mail migra para um segundo plano. Novos tempos. Tempos do WhatsApp! Assumo a novidade, passando a oferecê-la como alternativa de comunicação a meus amigos e clientes. 

É fácil, é seguro, é simples, é rápido, é eficiente.

Aguardo seus chamados; se não forem via WhatsApp (075 – 98126 6620), o sejam por e-mail.

 

 

Hugo A. de Bittencourt Carvalho, economista, cronista, ex-diretor das fábricas de charutos

Menendez & Amerino, Suerdieck e Pimentel,

vive em São Gonçalo dos Campos – BA.

[email protected]

http://livrodoscharutos.blogspot.com

 

 

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