Mais um poema de um feirense, como parte das mudanças que virão da transformação do Blog em Site.
Convescote
Nós dois, a sós, à beira deste lago.
Víveres, bebidas, deslumbrados.
Diante destes ermos sossegados...
De quando em quando, um deleitoso afago.
A natureza é um presépio mago.
Juntinhos. Nossos braços abraçados.
Distantes de invejosos e invejados.
Para os teus beijos, os meus beijos trago.
Esta paz nos faz recordar – vestidos
Adão e Eva, em tempos consumidos
Pela fatalidade milenar.
Amemo-nos bastante, doce amante,
Sob o céu estival, a farfalhante
Amendoeira a nos agasalhar.
Antônio Lopes, poeta feirense, in “Vozes Ocasionais” – 1986.
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