quinta-feira, 7 de junho de 2012

A cadeia improdutiva


         A industrialização foi acelerada no Brasil durante a ditadura militar sob a filosofia do progresso a qualquer preço. Na ânsia de construir usinas geradores de energia para suprir a necessidade industrial, não se levou em consideração os danos ao meio ambiente. A própria construção de fábricas sem nenhum controle dos seus efluentes gasosos, líquidos e sólidos, era uma grande ameaça e hoje pagamos um alto preço por isso. Tentamos agora fazer o caminho de volta, reparando os estragos feitos que ainda podem ser reparados e evitando novas agressões a natureza.
         A maior aprte das ações neste sentido, partem da iniciativa privada, através de organizações não governamentais. Os governos até que sinalizam timidamente com algumas ações para proteger a natureza. Nestes processos acontecem muitas contramarchas. No caso das ONGs  a maioria delas hoje encontram-se sob suspeita, por conta do envolvimento com políticos e outros oportunistas, inclusive grupos estrangeiros, que as utilizam para encobrir os seus mal feitos.
         No caso dos governos, a situação ainda é pior, porque a mais erros do que acertos. Vejamos por exemplo o caso da industria automotiva. Não temos fabricas nacionais de veículos, mas apenas montadoras estrangeiras. E, segundo se noticia, é aqui no Brasil onde elas mais lucram com a venda dos seus produtos.  A falta de um transporte de massa eficiente e a promoção da imagem do veiculo particular, através da mídia, como símbolo de poder econômico e social, abarrota as ruas de carros e motocicletas que emitem gases poluentes e transforma o trânsito num caos.
         E o que faz o governo para resolver o problema? Em algumas cidades foi adotado o sistema de rodízio e se tem investido em transporte de massa. Mas, os investimentos são muitos e resultados são poucos, como por exemplo, o metrô de Salvador que ha mais de 10 anos consome tios de  dinheiro sem que, se quer, os seis quilômetros iniciais previstos estejam funcionando. As obras já duram mais de anos.
         Recentemente o Governo Federal reduziu o valor do IPI sobre os automóveis para que as montadoras pudessem esvaziar seus pátios abarrotados de veículos. Ou seja: milhares de veículos saíram dos pátios das montadoras e foram parar nas ruas, aumentando a poluição e causando mais transtornos ao trânsito.
         A decadência do transporte de massa no Brasil começou na época da ditadura militar, que acabou com as ferrovias (um meio muito eficiente e barato de transporte) e investiu pesado em rodovias, para atender aos interesses dos "amigos" americanos que tinham muito carro e petróleo para vender. Houvesse o governo militar investido, como os grandes países fizeram, em ferrovias e hidrovias nosso transporte seria muito mais eficiente e barato e o nosso trânsito não seria o inferno que é.
         Este é só um exemplo de como andam as coisas no Brasil. Mas, como sempre ha uma luz no fim do túnel, nós estamos na frente da corrida pelas energias limpas e renováveis. Nem tudo está perdido.

Um comentário:

Adalto Oliveira disse...

Explanações como essa deveriam ser encaminhadas as escolas e serem introduzidas aos jovens para que não repitam nosso erro, como o velho ditado diz educai as crianças para não punir os homens. Ta de parabéns companheiro, essa eu vou guardar.