terça-feira, 21 de agosto de 2018

Quase três décadas sem Raul Seixas


Há 29 anos um dos nomes mais importantes do rock brasileiro, um grande pioneiro do gênero em território nacional era encontrado morto aos 44 anos em seu apartamento. Raul Seixas despontou no mundo da música em 1968, com seu álbum de estreia, Raulzito e os Panteras, produzido quando ele integrava o grupo Os Panteras. Entretanto, o cantor só ganhou notoriedade crítica e de público com as músicas de Krig-ha, Bandolo! (1973), como "Ouro de Tolo", "Mosca na Sopa", "Metamorfose Ambulante". 
Na­tural de Sal­vador, passou a ado­les­cência ou­vindo muito rock'n'roll, par­ti­cu­lar­mente Elvis Presley, Little Ri­chard, Jerry Lee Lewis e Chuck Berry, e blues dos ne­gros do sul dos Es­tados Unidos, sem deixar de lado o baião de Luís Gon­zaga e re­pen­tistas nor­des­tinos. Em­ba­lado por essa miscelânea rít­mica, o baiano se­du­zido pelos ideais al­ter­na­tivos da ge­ração do pós-guerra e pelo mis­ti­cismo, deu aber­tura a sua anár­quica gui­tarra e tornou-se o ídolo de di­versas ge­ra­ções e di­versos ní­veis so­ciais.
O disco "Gita" es­tourou, ven­dendo cerca de 600 mil có­pias. Foi o pri­meiro disco de ouro de sua car­reira. Foi então que "Raul­zito" lançou o "Novo Aeon" e "Há Dez Mil Anos Atrás", e en­cerrou sua par­ceria com Paulo Co­elho.
 Se­guem-se os lan­ça­mentos de 19 discos, entre eles: "O dia em que a Terra parou" (1977), "Abre-te Sé­samo" (1980), "Metro Linha 743" (1984) e "UAH-BAP-LU-BAP-LAH-BÉIN-BUM!" (1987), entre ou­tros. Raul fundiu o tal rock'n roll ame­ri­cano com di­versas va­ri­a­ções rít­micas bra­si­leiras, do xote ao baião, aju­dando a criar a cara do rock na­ci­onal, e in­flu­en­ci­ando assim as bandas que foram sur­gindo. 
Raul ainda lançou de­zenas de com­pactos, o livro "As Aven­turas de Raul Seixas na Ci­dade de Thor" e fez con­tratos em todas as gra­va­doras ma­jors do país. Teve ao todo cinco mu­lheres e três fi­lhas. 
O mú­sico vivia em cons­tante tra­ta­mento de de­sin­to­xi­cação. Em julho de 1987 por exemplo, Raul­zito ficou apro­xi­ma­da­mente dois meses, in­ter­nado em tra­ta­mento na Vila Se­rena, São Paulo. 
No dia 21 de agosto de 1989, às 9 horas, Dalva Borges da Silva, em­pre­gada de Raul, chega ao apar­ta­mento nº 1003 do Edi­fício Ali­ança, zona cen­tral de São Paulo, e en­contra Raul morto em sua cama. Ele havia fa­le­cido duas horas antes da che­gada de Dalva, de pa­rada car­díaca cau­sada pela pan­cre­a­tite de que so­fria há anos, con­sequência do al­co­o­lismo.   (Fonte:http://www.dm.com.br)

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