Um estudo publicado no JAMA – Journal of American Medical Association
concluiu que os filhos de pais praticantes de alguma religião têm menor
risco de desenvolver comportamento suicida, independentemente dos
filhos partilharem dessas crenças. Isto mantém-se mesmo no caso dos pais
serem divorciados, depressivos ou apresentarem comportamento suicida.
O estudo teve como amostra 112 pais (com idade média de 40 anos) e
214 filhos (52% do sexo feminino). A religiosidade foi estabelecida em
função da importância da religião no quotidiano destas pessoas, e a
frequência nas cerimónias. Destes, 80% apresentam menor risco de
comportamento suicida comparado com os pais, cuja religiosidade foi
declarada como algo não importante.
Embora a religiosidade dos pais esteja associada a uma diminuição
geral do risco de suicídio, isto é especialmente significativo no caso
das raparigas, mas não no caso dos rapazes. Os pesquisadores acreditam
que isso se deva à construção de uma força interior que ajude na
estrutura familiar. Ou seja, não basta apenas ir à igreja, mas deve
apresentar um comprometimento genuíno com seus preceitos.
Este é mais um estudo que apresenta resultados similares sobre os
benefícios da espiritualidade na saúde humana. No entanto, o foco deste
foi na influência da religiosidade dos pais no risco de comportamento
suicida nos filhos. A pesquisa leva a diversas perguntas, que serão
abordadas pelos pesquisadores futuramente.
Suicídios em países desenvolvidos
É ainda um mistério o motivo de países com alto índice de felicidade
como Suécia, Holanda e Japão terem altas taxas de suicídio.
Existe uma hipótese de que o motivo seja o
facto de grande parte da população desses países serem ateus ou terem as
respetivas religiões em declínio. O estudo apresentado pode vir a
sustentar esta hipótese.
Click aqui e leia artigo completo de Francisco Marcondes .
Nenhum comentário:
Postar um comentário