Eu falei aqui da minha preocupação
com o que vinha acontecendo no governo municipal. O clima era de total
estresse. Tanto do prefeito quanto de secretários e assessores. Em algumas
oportunidades o prefeito fugiu até às suas características, assumindo posturas
e tomando medidas que não condizem com o seu modo de ser. Levantei a
possibilidade de problemas pessoais, inclusive aventou-se, nos bastidores, que
ele estaria enfrentando problemas de saúde na família.
Na sua entrevista mais recente ficou
claro o motivo de tanto estresse. O município simplesmente estava inadimplente
em quase todos os setores do governo federal. Isso imobilizava as ações do
governo municipal, principalmente na execução de obras. Não foi por acaso que o
secretário da Fazenda, Expedito Eloy, se emocionou ao ver aprovado pela Câmara
Municipal o Orçamento do Município para 2014. Segundo suas próprias palavras
foi um trabalho árduo de todos os funcionários da pasta, que custou noites de
sono perdidas, muito suor e até lágrimas.
Com o prefeito não foi diferente.
Passou-se um ano inteiro em que ele só recebeu críticas, por conta da
imobilidade do governo. Imobilidade, contudo, aparente. Porque, nos bastidores,
a movimentação era intensa para sanar as finanças do município, colocando-o
novamente em posição de obter convênios com os diversos ministérios e órgãos
federais e até mesmo tomar empréstimos em organismos internacionais. O que foi
feito recentemente.
Talvez daí a surpresa do vereador
oposicionista que chegou a aventar a possibilidade de acionar o Ministério
Público para saber do prefeito onde ele conseguiu dinheiro para fazer as obras
que estava anunciando. A equipe do governo trabalhou duro e em silencio. Sofrendo
as críticas e esperando o momento certo de dar as respostas.
Não é o caso de tantos outros
governantes que deixam para realizar obras apenas às vésperas de eleições,
objetivando obter votos. Tais obras, geralmente, são abandonadas tão logo
passem as eleições. Não é o caso de Feira de Santana. Não é o perfil de José
Ronaldo, conforme ele demonstrou em dois mandatos anteriores. Sempre cumpre o
que promete e sempre termina o que começa.
O governador Jacques Wagner encerra
no próximo ano oito anos de governo, contabilizando muito pouco realizado do
muito que prometeu para Feira de Santana. É certo que no próximo ano ele deverá
entregar algumas obras como a avenida Nóide Cerqueira e deverá iniciar outras
tantas, afinal é ano de eleições. Não sabemos quem será o próximo governador
mas, podemos esperar que seja alguém que goste de feira de Santana, e que tenha
aqui na cidade representantes que, se não ajudarem, pelo menos que não
atrapalhem o governo municipal.
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