sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Está explicado



            Eu falei aqui da minha preocupação com o que vinha acontecendo no governo municipal. O clima era de total estresse. Tanto do prefeito quanto de secretários e assessores. Em algumas oportunidades o prefeito fugiu até às suas características, assumindo posturas e tomando medidas que não condizem com o seu modo de ser. Levantei a possibilidade de problemas pessoais, inclusive aventou-se, nos bastidores, que ele estaria enfrentando problemas de saúde na família.
            Na sua entrevista mais recente ficou claro o motivo de tanto estresse. O município simplesmente estava inadimplente em quase todos os setores do governo federal. Isso imobilizava as ações do governo municipal, principalmente na execução de obras. Não foi por acaso que o secretário da Fazenda, Expedito Eloy, se emocionou ao ver aprovado pela Câmara Municipal o Orçamento do Município para 2014. Segundo suas próprias palavras foi um trabalho árduo de todos os funcionários da pasta, que custou noites de sono perdidas, muito suor e até lágrimas.
            Com o prefeito não foi diferente. Passou-se um ano inteiro em que ele só recebeu críticas, por conta da imobilidade do governo. Imobilidade, contudo, aparente. Porque, nos bastidores, a movimentação era intensa para sanar as finanças do município, colocando-o novamente em posição de obter convênios com os diversos ministérios e órgãos federais e até mesmo tomar empréstimos em organismos internacionais. O que foi feito recentemente.
             Talvez daí a surpresa do vereador oposicionista que chegou a aventar a possibilidade de acionar o Ministério Público para saber do prefeito onde ele conseguiu dinheiro para fazer as obras que estava anunciando. A equipe do governo trabalhou duro e em silencio. Sofrendo as críticas e esperando o momento certo de dar as respostas.
            Não é o caso de tantos outros governantes que deixam para realizar obras apenas às vésperas de eleições, objetivando obter votos. Tais obras, geralmente, são abandonadas tão logo passem as eleições. Não é o caso de Feira de Santana. Não é o perfil de José Ronaldo, conforme ele demonstrou em dois mandatos anteriores. Sempre cumpre o que promete e sempre termina o que começa.
            O governador Jacques Wagner encerra no próximo ano oito anos de governo, contabilizando muito pouco realizado do muito que prometeu para Feira de Santana. É certo que no próximo ano ele deverá entregar algumas obras como a avenida Nóide Cerqueira e deverá iniciar outras tantas, afinal é ano de eleições. Não sabemos quem será o próximo governador mas, podemos esperar que seja alguém que goste de feira de Santana, e que tenha aqui na cidade representantes que, se não ajudarem, pelo menos que não atrapalhem o governo municipal.

Nenhum comentário: