sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Desenvolvimento sustentável



        
Essa expressão, também conhecida como crescimento sustentável, esteve em moda nos últimos tempos nos meios políticos. Equivale a dizer que não basta ter, mas, é preciso manter. Por exemplo: O sujeito que compra um carro novo mas, não tem dinheiro para por gasolina, pagar licenciamento, trocar pneus, enfim arcar com todos os custos da manutenção de um veículo.

         Ela pode ser utilizada em todos os setores do nosso dia a dia. Porém, agora vamos nos ater ao poder publico. Não vou me referir a nenhuma esfera especifica do poder publico, mas, a todas elas.  É comum o governante executivo construir equipamentos que ainda que necessários para a população, o município não tem renda suficiente para mantê-los. Por exemplo: Constrói-se uma escola com várias salas porque a demanda estudantil é grande, contudo, ela carece de professores, diretores, psicopedagogos, auxiliares diversos, além de equipamentos como computadores e moveis diversos.

         Entretanto, o que vemos hoje são professores mal pagos e mal preparados, crianças sentadas no chão e falta do material mínimo necessários para o funcionamento das escolas. Recentemente tivemos aqui em Feira de Santana um exemplo claro desta situação. Uma criança sofreu acidente num equipamento do Parque da Cidade e foi parar no hospital com traumatismo craniano. Foi-se apurar e descobriu-se que o equipamento teve uma das suas correntes de sustentação partida por falta de manutenção.

         O mau uso ou subutilização de equipamentos, muitas vezes caros, também é uma tônica no poder publico. Aqui em Feira de Santana temos como exemplo o Parque de Exposições João Martins da Silva que só é utilizado uma vez por ano, salvo algumas exceções, quando alguém resolve realizar algum evento particular. Não é por falta de opções, pode ser falta de vontade politica ou de visão para encontrar utilização para o equipamento. Particularmente, não creio nessa segunda hipótese, porque conheço o secretário Ozeni Moraes e sei que ele tem grandes planos para o parque. Falta-lhe, contudo, o apoio necessário para realiza-los.

         Estou me referindo a exemplos de Feira de Santana porque é a cidade onde vivo. Mas, sei que isso acontece na maioria dos municípios brasileiros, notadamente no Norte e Nordeste. Feria de Santana, inclusive, tem mais um exemplo recente de falta de manutenção ou exploração adequada de um equipamento, que é o caso do Parque Erivaldo Cerqueira (Lagoa do Geladinho). Ali foram colocados peixes e as pessoas que utilizam o local para fazer caminhadas ou exercícios físicos costumam lançar alimentos no lago para verem os peixes comendo. Contudo, há denúncias de que os peixes estão sendo furtados.

         Quando o Parque da Cidade foi inaugurado, eu sugeri ao secretario à época que instalasse ali um serviço de pesque-pague, onde os frequentadores do local poderiam alugar pequenos barcos e anzóis, comprar iscas e praticarem a pesca esportiva, com opção de levar o pescado para casa, se não quisesse devolveria ao lago, pagando o preço de mercado por cada quilo de peixe retirado. O mesmo poderia ser feito na Lagoa do Geladinho.


Soluções existem. Basta vontade ou saber como procura-las.   

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