Quando você quer abrir o WhatsApp para mandar uma mensagem ou dar um alô
em algum grupo aparecem incômodos anúncios de publicidade?
Pois bem, você pode ser uma das milhões de pessoas que baixaram uma
versão falsa do popular aplicativo de mensagens instantâneas, que esteve
disponível na plataforma Android nas últimas semanas.
Segundo informações fornecidas pelo aplicativo, antes de ser retirado da
Play Stores - a loja do Google para o Sistema Android - o falso WhatsApp foi
baixado cerca de um milhão de vezes.
Mas como saber se você foi uma das vítimas? Basicamente verificando se
surgem anúncios publicitários para baixar outros aplicativos.
De acordo com vários usuários da plataforma Reddit, que levaram o caso a
público, essa versão é o que se conhece como um "ad-loaded wrapper"
(um facilitador de anúncios), o que a versão verdadeira do WhatsApp não faz.
Até agora não se sabe em quais regiões o aplicativo foi baixado nem
quais foram os países mais afetados.
Se você está entre os usuários que fizeram o download, a orientação é
apagar o aplicativo falso e baixar um novo.
O
engano
O certo é que, apesar de falsa, a versão paralela do WhatsApp parecia
muito com a original na loja de aplicativos do Google, que provê a plataforma
do Android.
Os
desenvolvedores fraudulentos conseguiram que o produto tivesse o mesmo logo do
original e até estivesse associado a um desenvolvedor com o mesmo nome:
"WhatsApp Inc" .
Isso foi possível porque os criadores da fraude substituíram o espaço
entre as duas palavras com um caractere especial que simulava um espaço - uma
sutil diferença quase imperceptível para um usuário comum da Google Play Store.
A única diferença evidente que o usuário poderia detectar antes de
baixar o app estava em letras pequenas: mais abaixo, na lista de propriedades
do aplicativo, aparece o verdadeiro nome do desenvolvedor.
O WhatsApp foi lançado em 2009 e, em 2014, foi comprado pelo Facebook,
por US$ 19 bilhões. É um dos aplicativos mais usados no mundo, com cerca de 1
bilhão de downloads.
Mas além do engano já resolvido, o que preocupa muitos usuários é que
esta não é a primeira vez que o Google tem de remover aplicativos de sua loja.
Em 2015, por exemplo, o gigante tecnológico teve de bloquear um
aplicativo que dizia monitorar a bateria do celular, mas o que fazia, na
realidade, era enviar mensagens de texto a lugares que cobravam, do dono do
aparelho, altas somas de dinheiro. (BBCBrasil)
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