quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A matemática cruel dos professores


Circula na internet um tocante protesto contra a situação de miséria do professor público no Brasil (tomando como base o Ceará), parodiando problemas de matemática,.

Eis a íntegra:

“Problema nº1
Um professor trabalha 5 horas diárias, em 5 salas com 40 alunos cada. Quantos alunos ele atenderá por dia? Resposta: 200.
Se considerarmos 22 dias úteis. Quantos alunos ele atenderá por mês? Resposta: 4.400.
Consideremos que nenhum aluno faltou (hahaha) e que cada um deles resolveu pagar ao professor com o dinheiro da pipoca do lanche: 80 centavos, diários. Quanto é a fatura do professor por dia? Resposta: 160 reais diários.
Se considerarmos 22 dias úteis. Quanto é o faturamento mensal do mesmo professor? Resposta: no final do mês ele terá faturado R$ 3.520,00.

Problema nº2:
O piso salarial é 1.187 reais, para o professor atender 4.400 alunos mensais. Quanto o professor fatura por cada atendimento? Resposta: aproximadamente 27 centavos mensais (vixe, valemos menos que o pacote de pipoca!).

Problema nº3
Um professor de padrão de vida simples, solteiro e numa cidade do interior, em atividade, tem as seguintes despesas mensais fixas e variáveis: sindicato: R$12,00; aluguel: R$ 350,00 (para viver miseravelmente); água/energia elétrica: R$100,00 (usando o mínimo); acesso à internet: R$60,00; telefone: R$30,00 (com restrições de ligações); instituto de previdência: R$150,00 ; cesta básica: R$500,00; transporte: sem dinheiro;  roupas: promocionais
Total das despesas mensais: R$1.202,00. Qual o saldo mensal de um professor? R$1.187,00 - 1.202=  menos15 reais.Pergunta-se:
Que dinheiro o professor terá para seu fim de semana? Quanto o professor poderá gastar com estudos, livros, revistas etc.?
O protesto na internet cita ainda esta pérola de Cid Gomes, governador do Ceará:
“Quem quiser dar aula, faça isso por gosto, e não pelo salário. Se quiser ganhar melhor, peça demissão e vá para o ensino privado.”
Os professores, por sua vez, enviaram mensagem para o governador dizendo que ele também deveria pedir demissão e procurar alguma coisa melhor para fazer, trabalhar, por exemplo.

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