quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Teatro do CUCA lota para ouvir “Gonzagão no Canto das Mulheres”


O Teatro do Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA) esteve lotado na quarta-feira passada (13) à noite, quando aconteceu o V Tributo a Luiz Gonzaga, com a apresentação do espetáculo “Gonzagão no Canto das Mulheres”. Idealizado pelo músico Zé Trindade (sanfona), o espetáculo envolveu ainda o professor André Eugênio (violoncelo), Caguto (violão), Zé das Congas (percussão) e as cantoras Jaqueline Damasceno, Priscila Vasconcelos e Simone Fraga, sendo que as duas últimas subiram ao palco pela primeira vez.
            Um Luiz Gonzaga ouvido de uma forma diferente, mas sem fugir muito às raízes. Zé Trindade é professor de teclados e acordeom no Cuca, o professor André Eugenio também dá aulas no CUCA, assim como Zé das Congas e Caguto é músico consagrado, de reconhecida competência. A cantora Jaqueline Damasceno foi a única profissional convidada e veio de Salvador para compor o trio de cantoras do espetáculo e mostrou toda sua arte no palco.

            Simone Fraga, também de Salvador, subiu ao palco pela primeira vez, mas, mostrou muita segurança, bela voz e boa expressão corporal. Priscila Vasconcelos é de Feira e também subiu ao palco pela primeira vez. Ela foi descoberta por Zé Trindade que é seu professor de acordeom no CUCA. Apesar de muito jovem tem uma voz forte e boa estatura, um conjunto que chama a atenção do público.
 
            O espetáculo é aberto por um ator declamando (tendo como fundo musical a sanfona de Zé Trindade) os versos de “A Triste Partida Para o Sul”, poema de Patativa do Assaré, musicado por Gonzagão. A seguir são apresentadas algumas belas musicais compostas por Gonzagão, pouco conhecidas do grande público, que seguem uma linha melódica mais clássica, incluindo até uma valsa.

            Depois, alguma músicas de protesto, como “Vozes da Seca”, composta em 1950, mas cujos versos trazem uma mensagem que continua atualíssima, e, depois, é só forró, com “Lá no Meu Pé de Serra” (primeiro grande sucesso de Gonzagão), “Xamego”, “Qui Nem Jiló”, “Assum Preto”, e, é claro, o hino do Nordeste, a clássica “Asa Branca”, presente em qualquer evento em que se fale de Luiz “Lua” Gonzaga, o eterno “Rei do Baião”.

            A releitura das músicas de Gonzaga, conforme foi dito, não foge muito às suas raízes, mas com certeza dá uma roupagem nova e agradável de se ouvir, sem muitas invenções ou exageros que distorçam a linha melódica. O espetáculo segue agora para Salvador onde será apresentado neste domingo (18). Segundo a diretora do CUCA, Celismara Gomes, deverá acontecer também em outras cidades servindo como uma “vitrine do trabalho que hoje se realiza no CUCA”.

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