Não se
passa um só dia em que não tenhamos notícia de alguma atitude desvairada
cometida pelo prefeito Tarcízio Pimenta. Afora as notícias divulgadas pela
imprensa ainda há aquelas que circulam a boca pequena pelos bastidores, sem
denuncia formal nem provas, mas que são tidas como verídicas. Depois de perder
uma eleição que, ao que parece, só ele acreditava que poderia vencer, a “ficha
caiu” e o prefeito entrou em total desequilíbrio emocional, que se reflete nas
suas ações.
Começou
pela demissão em massa de servidores públicos, inclusive de gente que, por lei,
não poderia ser demitida. Deixou de pagar aos fornecedores e prestadores de
serviços, e chegou a suspender o pagamento de salários de servidores que são
pagos com dinheiro federal, a chamada “Verba Carimbada”, que não pode ser
desviada para outra finalidade senão àquela para a qual se destina. Comenta-se
que tudo isso se deve a um imenso rombo que existe nas finanças municipais e
que o prefeito quer tapar de qualquer jeito.
Por fim,
ele cortou de uma só vez 20% do pagamento dos prestadores de serviços do SUS,
utilizando um mecanismo duvidoso, que poderá lhe render processos. O não
pagamento significará falência para muitos destes prestadores de serviços, que
são clínicas e hospitais.
Quando o
ex-prefeito Clailton Mascarenhas deixou a Prefeitura, eu fui buscar referencias
nos antigos jornais e em alguns livros, e só encontrei situação semelhante lá
pelos anos 50. Almachio Boaventura havia feito um governo tão ruim que deixara o
município quase falido. João Marinho, foi eleito prefeito e recuperou as
finanças do município, devolvendo-lhe a credibilidade comercial e a dignidade
ao seu povo. Fez de Arnold Silva seu sucessor, que não teve muito trabalho para
governar, porque encontrou a “máquina administrativa” pronta e azeitada.
José
Ronaldo sucedeu a Clailton que havia deixado o Município arrasado. Recuperou as
finanças, devolveu a credibilidade comercial e a dignidade e auto estima da
população. Ronaldo governou por oito anos e deixou montada uma equipe de
trabalho que funcionava como que por música. Inclusive, alguns dos seus
secretários receberam reconhecimento dos ministérios aos quais suas pastas
estavam subordinadas.
O candidato
de Ronaldo à sua sucessão era o deputado federal Fernando de Fabinho. Mas, por
um desses fenômenos da política, o povo votava maciçamente em Fabinho para
deputado, mas não o queria para prefeito. Era isso que mostravam as pesquisas.
Tarcízio Pimenta era o preferido e Ronaldo, democraticamente, aceitou sua
candidatura e ajudou a elegê-lo. Tarcízio nunca havia sido testado como
administrador público, mas ele não teria dificuldades, pois recebia um
município em ótimas condições financeiras e uma equipe treinada, testada e
aprovada. Era só seguir o script. Não havia como errar. Mas, Tarcízio
conseguiu. Seu governo será registrado entre os mais pífios da história de
Feira de Santana e com final melancólico. É realmente, inacreditável.
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