quarta-feira, 25 de junho de 2014

Alex Ferraz

LERO-LERO
O governo informa que os ferries gregos - prometidos para entrarem em ação antes do último Natal - já estão a caminho. Aí, um candidato a deputado denuncia que as embarcações sequer deixaram o porto grego. Eis aí mais uma novela eleitoral daquelas! Haja saco!

O "espanto" brasileiro diante da força negra
Não é muito recente o avanço dos times africanos em Copas do Mundo. Não me atrevo em entrar nos detalhes técnicos, porque, apesar de gostar muito de futebol, limito-me a ver jogos e fazer julgamentos e palpites superficiais.
No entanto,e este é o ponto aonde quero chegar, o progressivo avanço técnico dos times do continente negro não parece ter sido acompanhado pelos comentaristas e narradores de futebol, pelo menos no caso do Brasil, no que diz respeito às relações humanas.
É o que se nota nesta Copa, em pleno século XXI (como se gosta de dizer) e em um ano em que o repúdio (sic) ao racismo é tema geral, devido aos inúmeros casos de preconceito racial registrados nos últimos meses, aqui e lá fora.
Digo isso porque nota-se, subliminarmete, em narrações e comentários dos jogos envolvendo seleções africanas um "espanto" pela atuação excelente desses times, espanto este que não faz sentido, a não ser que a atuação esteja seja vista por um viés racista, no mais das vezes involuntário, mas mostrando como o preconceito estrá encravado em nossas mentes supostamente "brancas". Frases como "é surpreendente um time africano desafiar a seleção X", "causa espanto a atuação de tal time (africano)" etc, etc. Ou ainda observações jocosas como "quem diria", "é um grande surpresa" etc.
Mesmo sabendo que a maioria absoluta dos jogadores das seleções africanas na verdade atuam fora do continente africano, e, portanto, têm mais condições técnicas posto que a pobreza extrema da África muitas vezes não permite que eles se aperfeiçoem devidamente, locutores e comentaristas (além, claro, de muitos torcedores) não resistem em, implicitamente, assumir posições racistas pelo simples fato de o time representar o continente negro. Lamentável.

Frase: Todo preconceito é fruto da burrice, da ignorância, e qualquer atividade cultural contra preconceitos é válida.
(Paulo Autran)


Já não será
sem tempo (I)

A notícia: "Após 60 anos de carreira política, em que tornou-se presidente da República, duas vezes governador do Maranhão e três vezes presidente do Senado, José Sarney anunciou que não disputará mais eleições. 'Essa decisão já estava tomada, comuniquei isso ao meu partido na semana passada. Entendo que é chegada a hora de parar um pouco com esse ritmo de vida pública, que afastou-me muito do convívio familiar.'"

Já não será sem tempo (II)
O comentário: lamentável é constatar que após tanto tempo na política, após tanta influência que o fez até aliar-se ao PT (que tanto fala dos "fantasmas do passado"), Sarney abandone a política após mudar de endereço para ter votos (é senador pelo Amapá) e deixando o Maranhão em situação de extrema penúria social e econômica.

Uma maca
macabra

Vocês já repararam que a maca usada pela Fifa para retirar jogadores de campo parece aquela cumbuca do rabecão?
Horripilante.

Os verdadeiros
donos da bolada

Enquanto nos impressionamos com cifras da Fifa, acontece quase em sigilo, em Fortaleza, o Congresso Mundial de Loterias, que reúne os 80 países que exploram jogos lotéricos e movimentam juntos mais de US$ 200 bilhões por ano. É isso aí!

O que há com
o Judiciário?

Entra ano, sai ano; entra mutirão, sai mutirão, e a situação do Juduciário brasileiro segue caótica. Há 92,2 milhões de processos em tramitação. O retrato é de um Judiciário moroso, com excesso de leis (dados apontam 44 mil leis, normas, jurisprudências, atos e regras).

Nenhum comentário: