segunda-feira, 9 de junho de 2014

Alex Ferraz

INSISTO
O Relógio de São Pedro segue mostrando um horário em cada face. E nenhum deles é o real. Talvez seja interessante para impressionar os turistas que virão para a Copa, pois eles podem pensar que o tradicional relógio de Salvador mostra, na verdade, vários fusos horários. Quanto aos baianos, seguem confusos...

Frase: Quem ganha R$ 1 mil e recebe um "reajuste" de 5%, terá R$ 50 a mais no bolso. E daí?
A inflação e a desvalorização dos salários
Greves e mais greves em busca de reajustes salariais. Em todos os casos, as categorias pedem cerca do dobro do que os patrões oferecem. Exagero? Nem tanto, mestre. Vejamos: desde o PF (prato feito) que custava R$ 10, e, da noite para o dia, literalmente, passou a ser vendido por R$ 12 (um aumento, portanto, de 20%), até a merecida cervejinha do fim de semana, que de R$ 4,50 saltou para até R$ 7,50, passando por diversos e indispensáveis itens de alimentação e limpeza cujos preços vêm subindo geometricamente nos supermercados, o que se vê é um galope de preços que vence, tranquilamente, os "reajustes" salariais oferecidos de cinco, seis ou sete por cento.
Na verdade, parece é que há um circo montado, que começa com os discursos do ministro Mantega e reverbera na iniciativa privada, para nos convecer de que estamos numa economia estável, com preços estáveis.
Nada disso. O trabalhador, se tiver boa memória, sabe exatamente o que fazia com o salário de dois ou três anos atrás e o que consegue fazer hoje com praticamente a mesma quantia. Constata que vem, a cada dia, reduzindo despesas ESSENCIAIS, incluindo o lazer, a cervejinha etc.
Percentuais que, em discurso em economês, podem parecer grande coisa, na verdade são pífios diante da realidade. Por exemplo: um cidadão que recebe R$ 2 mil mensais terá R$ 100 a mais se receber um "aumento" de 5%. E só.

E por falar
em salários...

A notícia: "Em campanha salarial, os trabalhadores da limpeza urbana de Salvador consideram a possibilidade de uma paralisação da categoria. Entre as reivindicações está piso salarial de R$ 850 para os funcionários com menos de dez anos na função e R$ 900 para os demais – atualmente, o salário de um varredor é de R$ 727 e de coletor, R$ 732."
O comentário: convenhamos que, nos dias "amantegados" de hoje, um salário de R$ 732 é de lascar! Dá para fazer o quê, senhores? Vixe!

A queda da
Bastilha? (I)

A notícia "A presidente Dilma Rousseff convidou os chefes de Estado e de Governo que já confirmaram presença e estarão no Brasil para a abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho, para um almoço em São Paulo. Será uma espécie de recepção que a presidente pretende oferecer aos convidados. Em seguida, todos irão para o estádio Itaquerão, assistir à abertura da Copa do Mundo de Futebol."

A queda da
Bastilha? (II)

É natural que haja todo um cerimonial para receber chefes de Estado. No entanto, enquanto São Paulo pega fogo com o descontentamento da população em relação ao governo, políticos, transportes, segurança pública etc., fechar-se num palácio em lautos amoços e jantares me parece uma atitude suicida. E patética. Lembrem-se, senhores, de Maria Antonieta, brioches e guilhotina...

Imaginem se
fosse aqui (I)

Em Brasília,onde a concorrência entre os supermercados é bastante acirrada, todos se esmeram em oferecer aos seus clientes um melhor atendimento.
Alimentos vencidos, nem pensar! Alguns chegam a colocar vários avisos por toda a loja, alertando aos clientes que caso encontrem algum produto fora do prazo de validade, que procurem qualquer funcionário para receberem gratuitamente produto idêntico com prazo ainda por vencer.

Imaginem se
fosse aqui (II)

Se a moda de Brasília fosse implantada em Salvador, onde o cliente tem que conviver com o constante mau humor dos funcionários aos gerentes, a maioria dos supermercados com certeza quebraria.
Na capital baiana é comum lojas da mesma rede venderem produtos com preços muito mais caros que as coligadas, isso sem falar na gangorra dos preços de alguns produtos como o tomate, que no supermercado Ideal de Itapoan em uma semana custa oito reais o quilo e na outra cai para quatro e poucos dias depois retorna ao patamar de sete ou oito reais. Uma loucura!

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